Uma “intimista” casa em L que brinca com volumes, espaços e alturas

©Fernando Guerra
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Uma família com duas crianças e um grande desafio: a implantação de uma casa em L, em Paredes. “Para fechar a casa, para torná-la mais intimista”, explica ao P3 Rui Dinis, um dos fundadores do gabinete de arquitectura spaceworkers.

No entanto, os arquitectos tentaram que, "ao olhar para a casa, não se parecesse com uma casa em L”. “A casa volta-se para o interior”, conta Rui, de forma a que os seus moradores se sintam “no seu mundo próprio, protegido”.

“Cada compartimento tem a sua própria altura”, explica. “Há espaços de transição, espaços de permanência”, “um jogo de volumes”. O jogo também acontece no exterior, com as janelas a variar  de alturas, o que aliás se verifica numa divisão dedicada aos mais novos. “A sala de brincar tem uma janela rasteira, para que as crianças tenham uma relação com o exterior.” Como toda a casa, aliás. "Entramos e vemos o volume de betão, um elemento aparentemente pesado", relata o arquitecto. "O betão parece fazer-nos gravitar, mas, mal abrimos a porta, é-nos logo devolvido o espaço exterior."

Concluída em 2019, a Casa MF, aqui fotografada por Fernando Guerra, evidencia uma divisão clara entre espaços públicos e privados, “espaços de ligação que obedecem à lógica espacial” dos atelier spaceworkers. “Criam-se novas relações visuais entre os cheios e os vazios, entre as áreas privadas, semi-privadas e a vista para o espaço central ajardinado onde está também a piscina.”

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