Todos os protectores solares analisados este ano pelo Infarmed cumprem as regras

Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo estima que este ano sejam diagnosticados mais de 13.000 novos casos de cancro da pele.

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daniel rocha

Todos os 20 protectores solares analisados pelo Infarmed este ano cumprem as condições exigidas, tanto quanto aos ingredientes que contêm como quanto à protecção solar que dizem conferir, divulgou a Autoridade do Medicamento.

Segundo o Infarmed, os produtos analisados foram colhidos em Fevereiro deste ano “em diversos pontos da cadeia de distribuição, nomeadamente, distribuidores e locais de venda ao público como farmácias e supermercados”.

Foram analisados produtos com diferentes factores de protecção solar: 13 produtos com Factor de Protecção Solar 50+, seis produtos com factor 30 e um produto com factor 50.

“Do ponto de vista laboratorial, os 20 produtos analisados apresentaram um Factor de Protecção Solar correspondente à categoria declarada no rótulo”, cumprindo igualmente tanto os parâmetros relativos à qualidade microbiológica como do ponto de vista da rotulagem.

“Na apreciação, houve um especial enfoque na lista de ingredientes, de forma a responder às preocupações de segurança a respeito de determinadas substâncias que se destinam a ser usadas em produtos cosméticos, tais como filtros para radiações ultravioletas”, explica o Infarmed.

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde lembra no relatório desta avaliação que estudos científicos “sugerem que o uso dos protectores solares pode prevenir as lesões ligadas ao foto-envelhecimento e proteger contra a foto-imunossupressão induzida” e “demonstram que a utilização de protectores solares pode prevenir alguns tipos de carcinoma da pele”.

O Infarmed explica que “a investigação científica indica que a exposição excessiva à radiação UVB, assim como à radiação UVA, tem impacto no sistema imunitário”, e sublinha que mesmo os protectores solares muito eficazes e que protegem das radiações UVB e UVA “não podem garantir protecção completa contra os riscos da exposição à radiação ultravioleta (UV), já que nenhum protector solar consegue filtrar na totalidade a radiação UV”.

O número de lesões na pele continua a aumentar em Portugal e, na campanha do ano passado do Dia do Euromelanoma, mais de 1300 pessoas foram rastreadas e foram detectados 6% de cancros de pele e 15% de lesões pré-cancro de pele.

A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) estima que este ano sejam diagnosticados mais de 13.000 novos casos de cancro da pele e que mais de 1000 sejam novos casos de melanoma (o mas perigoso).

Além do uso de protecção solar, a APCC recomenda que se evite a exposição entre as 12h e as 16h.