Há esperança para os gorilas mais raros do mundo: foram avistados com bebés
Há vários anos que os gorilas do rio Cross não eram vistos. A WWF aponta que só restam 300 gorilas a viver no seu habitat natural.
Os gorilas do rio Cross são os mais raros do mundo. Segundo a organização ambientalista World Wide Fund (WWF), existem apenas entre 250 e 300 no mundo, todos concentrados nas montanhas da Nigéria e dos Camarões. Há agora uma nova esperança na sobrevivência da subespécie: foram fotografados gorilas com bebés na floresta, prova de que esta subespécie está a crescer.
As fotografias foram divulgadas por uma organização não-governamental nigeriana, a Sociedade de Conservação de Animais Selvagens (WCS na sigla em inglês). A organização contou esta quinta-feira à BBC que as fotografias foram tiradas no início do ano, através de câmaras escondidas nas montanhas de Mbe, no sul da Nigéria.
A subespécie é das mais raras do mundo e não era vista há vários anos, diz a BBC, até porque estes animais são muito cautelosos em relação a humanos. São caracterizados por terem um pêlo mais claro do que os restantes gorilas, com cabeças mais pequenas e braços mais longos.
A WCS afirma que as fotografias de bebés são um sinal muito encorajador para uma espécie que luta pela sobrevivência. Não é possível ver quantos bebés ao certo existem na família, mas as fotografias indicam que, mesmo correndo risco de extinção, os gorilas do rio Cross estão a conseguir reproduzir-se.
“É extremamente entusiasmante ver tantos jovens gorilas do rio Cross – uma indicação encorajadora de que estes gorilas estão agora bem protegidos e a reproduzirem-se com sucesso, depois de décadas de caça”, disse ao The Guardian o director da WSC, Inaoyom Imong.
A organização nigeriana contou que está a trabalhar com as autoridades nigerianas e com uma associação de protecção das montanhas para garantir que as famílias são protegidas e têm condições para continuar a crescer.
Segundo a WWF, a maior ameaça a esta subespécie de gorilas é a desflorestação do seu habitat natural, para agricultura e criação de gado. Durante a desflorestação, muitos acabam por ser mortos por caçadores. Além disso, os grupos não ultrapassam os 20 animais, tornando-os ainda mais vulneráveis.
Texto editado por Pedro Rios