A actriz e activista Emma Watson, célebre pela sua participação nos filmes da saga Harry Potter ou, mais recentemente, no clássico da Disney A Bela e o Monstro ou em Mulherzinhas, acaba de integrar o Conselho de Administração da Kering, ficando a presidir o Comité de Sustentabilidade do grupo francês que detém, entre outras, as marcas Gucci, Fnac ou Conforama.
A nomeação explica-se pelo facto de Emma Watson ter sido “pioneira na defesa da moda sustentável”, explica o grupo num comunicado, o qual dá conta de outras duas novas entradas para o seu Conselho de Administração: Jean Liu, presidente da tecnológica Didi Chuxing, e Tidjane Thiam, um banqueiro franco-marfinense, recentemente nomeado como enviado especial pela União Africana, liderada pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, para mobilizar a comunidade internacional no apoio à economia dos países daquele continente no contexto actual de pandemia de covid-19. Além de um lugar entre o Conselho de Administração da Kering, Thiam passou a liderar o Comité de Auditoria.
“Os conhecimentos e competências [dos três novos administradores], bem como a multiplicidade das suas origens e perspectivas serão adições inestimáveis ao Conselho de Administração da Kering”, considerou o presidente do conglomerado, François-Henri Pinault, citado em comunicado. “A inteligência colectiva que resulta de diversos pontos de vista e a riqueza de diferentes experiências são cruciais para o futuro da nossa organização.”
A sustentabilidade tem sido um dos problemas com que o sector da moda se mais tem debatido e um pilar importante para a Kering, que reúne ainda as chancelas de luxo Bottega Veneta ou Yves Saint Laurent. O conglomerado, aliás, foi essencial para que, em Agosto de 2019, saísse da reunião do G7 o “fashion pact”, promovido por Emmanuel Macron e que teve como o objectivo reduzir o impacte ambiental da indústria.
De acordo com um relatório da Quantis, empresa ligada à sustentabilidade ambiental, “o impacte da indústria nas alterações climáticas aumentou 35% entre 2005 e 2016, impulsionado por mudanças nos materiais utilizados, nos hábitos de consumo e nos locais de produção”. E, em 2016, o sector têxtil foi responsável pela libertação do equivalente a “3290 milhões de toneladas de CO2” para a atmosfera.