Estátuas que não sobrevivem à memória do racismo

Estátua do rei Leopoldo II, uma figura controversa da história da Bélgica, grafitada no parque do Museu de África, em Tervuren, na Bélgica. EPA/STEPHANIE LECOCQ
Fotogaleria
Estátua do rei Leopoldo II, uma figura controversa da história da Bélgica, grafitada no parque do Museu de África, em Tervuren, na Bélgica. EPA/STEPHANIE LECOCQ

Os protestos nos Estados Unidos contra a morte George Floyd desencadearam uma onda de manifestações anti-racistas em todo o mundo, que têm motivado o derrube, a vandalização e a destruição de estátuas ligadas ao colonialismo, ao segregacionismo e à escravatura. Os protestos aceleraram os planos políticos em alguns países para repensar a pertinência dos memoriais e símbolos e discutir a sua remoção do espaços públicos.

Os primeiros alvos foram a estátua de Edward Colston, comerciante de escravos do século XVII, derrubada e atirada à água em Bristol, e o memorial de Winston Churchill, em Londres, grafitado com a frase "Churchill era racista", uma acção repetida numa estátua do antigo primeiro-ministro britânico em Praga, na República Checa. Nos Estados Unidos, os principais alvos têm sido as estátuas do explorador Cristovão Colombo, grafitadas, derrubadas e decapitadas em várias cidades do país.

Em Portugal, a estátua do Padre António Vieira, no Largo Trindade Coelho, em Lisboa, foi vandalizada esta quinta-feira com a palavra “descoloniza” pintada a vermelho

 

Estátua do rei Leopoldo II, uma figura controvérsia da história da Bélgica, grafitada em Bruxelas, na Bélgica.
Estátua do rei Leopoldo II, uma figura controvérsia da história da Bélgica, grafitada em Bruxelas, na Bélgica. Reuters/YVES HERMAN
Estátua do rei Leopoldo II, uma figura controversa da história da Bélgica, grafitada no parque do Museu de África, em Tervuren, na Bélgica.
Estátua do rei Leopoldo II, uma figura controversa da história da Bélgica, grafitada no parque do Museu de África, em Tervuren, na Bélgica. EPA/STEPHANIE LECOCQ
Estátua danificada do rei Leopoldo II a ser retirada para restauro em Ekeren, na Bélgica.
Estátua danificada do rei Leopoldo II a ser retirada para restauro em Ekeren, na Bélgica. Reuters/ATV
A estátua de Edward Colston é retirada da água no porto de Bristol, na Inglaterra.
A estátua de Edward Colston é retirada da água no porto de Bristol, na Inglaterra. Reuters/BRISTOL CITY COUNCIL
Manifestantes derrubaram a estátua de Edward Colston em Bristol, na Inglaterra.
Manifestantes derrubaram a estátua de Edward Colston em Bristol, na Inglaterra. Reuters/BRISTOL CITY COUNCIL
Estátua vandalizada de Cristovão Colombo em Miami, nos Estados Unidos.
Estátua vandalizada de Cristovão Colombo em Miami, nos Estados Unidos. Reuters/MARCO BELLO
Estátua decapitada de Cristovão Colombo no parque que lhe é dedicado, em Boston, nos Estados Unidos.
Estátua decapitada de Cristovão Colombo no parque que lhe é dedicado, em Boston, nos Estados Unidos. EPA/CJ GUNTHER
Polícia junto à estátua de Winston Churchill vandalizada em Praga, na República Checa.
Polícia junto à estátua de Winston Churchill vandalizada em Praga, na República Checa. EPA/STR
Estátua da rainha Vitória a ser limpa depois de ter sido vandalizada em Leeds, no Reino Unido.
Estátua da rainha Vitória a ser limpa depois de ter sido vandalizada em Leeds, no Reino Unido. Reuters/JASON CAIRNDUFF
Estátua do traficante de escravos Robert Milligan, tapada por um lençol e com um cartaz de <i>Black Lives Matter</i>, a ser retirada da entrada do Museu das Docas de Londres.
Estátua do traficante de escravos Robert Milligan, tapada por um lençol e com um cartaz de Black Lives Matter, a ser retirada da entrada do Museu das Docas de Londres. Reuters/JOHN SIBLEY
Estátua do traficante de escravos Robert Milligan, tapada por um lençol e com um cartaz de <i>Black Lives Matter</i>, a ser retirada da entrada do Museu das Docas de Londres.
Estátua do traficante de escravos Robert Milligan, tapada por um lençol e com um cartaz de Black Lives Matter, a ser retirada da entrada do Museu das Docas de Londres. Reuters/JOHN SIBLEY
Estátua do Padre António Vieira vandalizada com a palavra “descoloniza” pintada a vermelho no Largo Trindade Coelho, em Lisboa.
Estátua do Padre António Vieira vandalizada com a palavra “descoloniza” pintada a vermelho no Largo Trindade Coelho, em Lisboa. Nuno Ferreira Santos
Estátua do Padre António Vieira vandalizada com a palavra “descoloniza” pintada a vermelho no Largo Trindade Coelho, em Lisboa.
Estátua do Padre António Vieira vandalizada com a palavra “descoloniza” pintada a vermelho no Largo Trindade Coelho, em Lisboa. Nuno Ferreira Santos