Sporting deixou fugir o triunfo por duas vezes em Guimarães
Os sportinguistas estiveram a vencer o Vitória de Guimarães por duas ocasiões, mas os minhotos foram capazes de ripostar.
O Sporting apresentou-se em Guimarães com quatro alterações num “onze” que incluiu os estreantes Quaresma e Matheus, mas também Rafael Camacho e Jovane Cabral. A quatro pontos do pódio e com o Famalicão a apenas dois, o treinador dos “leões” não teve problemas em arriscar em duas unidades sem tarimba, mesmo defrontando um Vitória motivado pela possibilidade de somar quatro triunfos consecutivos, registo a contrastar com o do Sporting que, como visitante, somava quatro partidas sem vitórias… arriscando a quinta num terreno de onde saiu vergado na época anterior. No final, ninguém se impôs, apesar do sofrimento a que os locais foram submetidos, já reduzidos a dez unidades, com a partida a terminar empatada a dois golos.
A equipa de Ivo Vieira surgiu decidida e pressionante, reagindo bem ao silêncio sepulcral do D. Afonso Henriques, parecendo mesmo ter sublimado o seu jogo durante o período de confinamento.
Face às ausências de Pedro Henrique, André André e do castigado Sacko, Ivo Vieira recuperou o central Bondarenko e, sobretudo, o médio Joseph, que surgiu em bom plano depois de longa paragem por lesão.
No arranque, o Vitória sitiou um Sporting que ia procurando libertar-se em transições conduzidas por Battaglia, mas que os minhotos antecipavam, criando alguns momentos de perigo, especialmente quando Marcus Edwards (6’) esteve muito perto de dar vantagem à formação de Guimarães, num remate providencialmente desviado por Mathieu.
Rúben Amorim queria corrigir, mas a máscara amordaçava-o. A comunicação só melhorou quando Douglas, de forma displicente, decidiu interceptar uma bola de Acuña, calculando mal o perigo representado por Sporar, que aproveitou para dar vantagem aos leões.
O Sporting aproveitou para ganhar elasticidade e bloquear os corredores de Davidson e Edwards. Isso permitiu ainda soltar Jovane Cabral, que surgiu um par de vezes isolado, mas sem capacidade para desferir o golpe de misericórdia.
Refeito da traição do guarda-redes, o Vitória recuperou a confiança necessária para testar a concentração de Maximiano, em busca de uma vingança que o guardião do Sporting autorizou em mais um momento infeliz, deixando a bola nos pés de Joseph, que viu João Carlos Teixeira livre na carreira de tiro.
Vieto ainda teve o ensejo de garantir a vantagem sportinguista ao intervalo, mas foi mesmo preciso aguardar pela segunda metade para ver o “leão” de novo na frente — Sporar, isolado por Jovane Cabral, não demoraria muito a assinar o segundo da noite, num golo anulado pelo árbitro assistente e validado pelo VAR.
A atitude e disponibilidade das duas equipas era a mesma do início, embora a capacidade física e os reflexos se revelassem um problema acrescido à medida que os minutos se acumulavam nas pernas dos jogadores. Edwards teve, inclusive, uma hesitação que não lhe permitiu definir um lance de golo iminente.
O britânico conseguiria, contudo, reabilitar-se ao igualar o encontro na sequência de um ressalto sobre a defesa sportinguista, após remate de Davidson, fixando o resultado final, apesar de a expulsão de Joseph, ter mantido o jogo aberto até ao último suspiro.