Covid-19: alerta para publicidade enganosa a desinfectantes e máscaras

Direcção-Geral do Consumidor e Auto Regulação Publicitária apresentaram uma brochura para alertar para mensagens publicitárias que alegam “características ou resultados que os produtos não têm”.

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Autoridades lembram que há produtos falsos, a prometer protecção e curas, e pedem aos portugueses para estarem atentos Daniel Rocha

A Direcção-Geral do Consumidor (DGC) e a Auto Regulação Publicitária (ARP) divulgaram esta quarta-feira um guia sobre comunicação publicitária no contexto da covid-19 e recomendam aos consumidores “especial atenção” a publicidade enganosa de desinfectantes e máscaras.

No guia recomenda-se aos consumidores que tenham “especial atenção às mensagens publicitárias de produtos de limpeza, desinfectantes para as mãos ou máscaras protectoras, que podem ser falsas ou enganosas, por alegarem características ou resultados que os produtos não têm”.

A DGC e a ARP apelam também para que não se acredite “em conteúdos divulgados ou partilhados em sítios da internet e em redes sociais que promovam produtos ou serviços que aleguem possuir a cura para a covid-19” e lembram que “a divulgação destes conteúdos constitui uma prática enganosa”.

De acordo com um comunicado divulgado pelas entidades, o guia tem como objectivo informar e sensibilizar os operadores económicos para a adopção de boas práticas comerciais, que sejam compatíveis com os direitos dos consumidores.

“A DGC e a ARP conjugaram esforços para lembrar a todos os profissionais do sector a necessidade de a publicidade respeitar as regras legais e éticas em vigor, igualmente aplicáveis no ambiente digital, onde se incluem as redes sociais, veiculando informação clara, verdadeira, compreensível e legível, para possibilitar aos consumidores fazerem escolhas esclarecidas”, lê-se na nota enviada à imprensa.

A parte dirigida aos consumidores inclui também alguns cuidados a ter no momento da aquisição de produtos ou serviços e lembra a importância de confirmar a veracidade de campanhas de angariação de bens e donativos financeiros, antes de fazerem qualquer contributo.

“Com a covid-19, somos confrontados com novos desafios em múltiplos domínios, não sendo a publicidade uma excepção. Nesse sentido, importa relembrar as regras e os princípios a que deve obedecer esta modalidade de comunicação, sublinhando-se, ainda, aspectos relevantes a que os consumidores devem estar particularmente atentos”, refere, em comunicado, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres.

O governante refere ainda que “os consumidores não podem ficar diminuídos na sua capacidade de escolha e nos seus direitos” e que as empresas “têm o dever de manter as suas comunicações de forma transparente e leal, assegurando e reforçando a confiança construída com os consumidores”.