Covid-19: confinamento no México reduz número de sequestros em 18,1%

O México registou, em Abril, 99 processos por sequestro. No mês anterior, foram abertos 121 processos pelo mesmo crime.

Foto
Em Abril, houve uma diminuição de 18,1% nas investigações pelo delito de sequestro JOSE LUIS GONZALEZ/Reuters

O número de sequestros no México caiu 18,1% no mês de Abril, em comparação com Março, devido ao confinamento imposto pelo Governo por causa da pandemia de covid-19, indicou esta segunda-feira a organização Alto al Sequestro.

“Em Abril, houve uma diminuição de 18,1% nas pastas de investigação abertas pelo delito de sequestro. Houve 99 processos, contra os 121 abertos em Março”, pormenorizou a organização não-governamental mexicana, indicando também uma diminuição, no mesmo período, do número de vítimas, de 170 para 111 (redução de 34,7%).

A organização considerou que o facto de a grande maioria das pessoas estar em confinamento devido à pandemia do novo coronavírusdiminuiu a actividade criminal dos sequestradores”. No entanto, advertiu que, apesar da baixa do número de sequestros, as autoridades “não podem baixar a guarda”, considerando ser este o momento para “construir estratégias de acordo com as necessidades de cada um dos estados” em que se divide o país para que, ao voltar à realidade, não se assista a um aumento do delito.

O México soma, até esta segunda-feira, mais de 49.000 casos de covid-19, dos quais morreram 5177 infectados.

As autoridades mexicanas decretaram o estado de emergência sanitária em fins de Março, tendo ordenado a paralisação das actividades não-essenciais e implementado medidas de distanciamento social, apesar de a quarentena não ser obrigatória, para não prejudicar os milhões de trabalhadores informais no país.

Esta segunda-feira, o Governo do México deu início a um projecto-piloto de reabertura social e económica nos municípios que não registaram qualquer caso de contágio.

Ao nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 315.000 mortos e infectou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.