De casa em casa, estes enfermeiros levam cuidados e uma palavra amiga a quem mais precisa

©Ângelo Lucas
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Todos os dias, em Portugal, há homens e mulheres que dedicam as suas vidas a cuidar dos outros. Fazem-no, muitas vezes, “a troco de pouco”, refere o fotojornalista Ângelo Lucas, em alusão aos salários dos enfermeiros, no país. “Fazem-no sobretudo por reconhecerem quão necessário é o apoio que prestam a pessoas que, ou por doença incapacitante, idade avançada, pobreza ou estado de isolamento, não podem deslocar-se até um centro de saúde ou hospital”, explica ao P3, em entrevista telefónica, o fotógrafo que acompanhou, ao longo de duas semanas, a realidade de uma equipa de enfermagem no terreno.

Nem a pandemia de covid-19 fez esmorecer a equipa da Unidade de Cuidados da Comunidade do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste-Sul, na zona da Malveira, em Mafra, que “percorre muitos quilómetros”, numa ”luta diária”, para atenuar a dor de pessoas que vivem em condições precárias” e que dependem de cuidados de saúde básicos para manter uma qualidade de vida mínima. Um curativo, uma palavra de apoio são elementos comuns nas visitas domiciliárias, agora com recursos humanos revestidos, “dos pés à cabeça, com verdadeiras estufas de plástico”. Ângelo também se vestiu a rigor para poder documentar esta realidade e sabe que, “no Verão, o trabalho dos enfermeiros será muito mais difícil”, observa.

“Alguns dos doentes têm problemas graves de saúde ou estão, infelizmente, acamados 24 horas por dia”, refere. “Vivem, muitas vezes, em condições muito precárias ou em total isolamento, algo que impressiona sempre.” Por considerar necessário tornar explícito o esforço, por vezes, “invisível” de quem está na linha da frente, o fotojornalista, que já pertenceu à equipa da Global Imagens, tomou a iniciativa de realizar este registo a título pessoal. Embora esteja, presentemente, afastado do jornalismo, Ângelo não resistiu a contar esta história em tempos de pandemia. "Tinha de fotografar." Sente que tem palavras (e imagens) de apreço a dirigir às pessoas que compõem o Sistema Nacional de Saúde. “Só temos motivos para nos orgulhar", remata. "São profissionais proactivos e dedicados.”

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