Eles trouxeram a Uber para Portugal, agora abrem a Kitch, a “cozinha virtual” dos restaurantes
Começa agora em Lisboa, quer cobrir todo o país. Estão já a trabalhar com, entre outros, Pistola Y Corazón, GoJuu e Marlene Vieira. É uma cozinha “distribuída pela cidade” onde “tudo é pensado de raiz para a experiência de encomendar e comer em casa”, anunciam.
Os restaurantes adaptam-se cada vez mais à nova realidade de levarem a comida até casa dos clientes e a Kitch, que iniciou operações esta quinta-feira na área de Lisboa, tem como objectivo facilitar essa operação, aliviando os restaurantes da logística desse serviço.
Para já, e na fase de arranque, trabalha com a taqueria Pistola Y Corazón (com o conceito Las Gringas); o restaurante japonês GoJuu (com o GoJuu Go), que, entre a sua oferta, inclui sushi tradicional e ramen (com o Tonkotsu Rámen); o Nómada (com a marca Umikai) que apresenta pokés, temakis e sushi; Marlene Vieira com a sua cozinha portuguesa; e ainda a cerveja Musa.
O projecto, que foi pensado e desenvolvido por Rui Bento e Nuno Rodrigues, os responsáveis pelo lançamento da Uber em Portugal, propõe-se desenvolver com os restaurantes “cozinhas especialmente desenhadas para o serviço de entrega de comida”, assegurado depois por aplicações de entrega como a UberEats.
Apresenta-se como uma “cozinha virtual”, mas, na realidade, explicou Rui Bento à Fugas, tem já um espaço físico próprio e outros alugados em Lisboa. É aí que as equipas dos restaurantes preparam as refeições que serão entregues em casa. Neste momento, com os restaurantes a serem obrigados a ter as portas fechadas, as equipas são as habituais – no futuro, é possível que alguns tenham que fazer novas contratações para responder a este alargamento do negócio.
O objectivo, segundo Rui Bento, é atrair “os nossos restaurantes favoritos”, ou seja, “aqueles que têm sempre fila à porta”. Muitas vezes são espaços que, pelo excesso de procura, “têm dificuldade em servir a própria sala” pelo que até agora nem punham a hipótese de ter take-away. Além disso, preferem não misturar a experiência de almoçar ou jantar na sala com “a entrada e saída de estafetas” das plataformas de entrega ao domicílio.
Conforme resumem em comunicado, esta é “uma cozinha distribuída pela cidade onde tudo é pensado de raiz para a experiência de encomendar e comer em casa”.
A ideia não nasceu por causa do confinamento forçado pela pandemia de covid-19, sublinha o criador da Kitch. “O mercado [das entregas de refeições em casa] tem crescido a um ritmo muito acelerado e é um hábito que começa cada vez mais a fazer parte das rotinas das pessoas”, diz Rui Bento, explicando que começou, com Nuno Rodrigues, a desenvolver o conceito da Kitch em Abril do ano passado.
O lançamento apenas em Lisboa é “um primeiro passo” de um projecto que no futuro quer “alargar-se a outras cidades, em Portugal e fora”. O que faz a diferença aqui é a conjugação de três factores: “a componente do espaço físico, a tecnologia 100% desenvolvida por nós e que permite, por exemplo, agregar os pedidos de todas as plataformas de entrega e, por fim, a curadoria” na escolha dos restaurantes.
Os restaurantes que trabalham com a Kitch identificam-se por terem a terminação “kitch” associada ao nome – basta fazer dessa forma a pesquisa nas aplicações de entrega. A lista completa pode ser consultada no site eatkitch.com (Facebook aqui). No futuro vai também ser possível ir buscar a refeição ao espaço Kitch.