Portugal entre países da UE que menos gastam com protecção contra incêndios
Em média, os Estados-membros da UE alocaram 0,5% das suas contas nacionais à protecção contra fogos em 2018. Portugal ficou-se pelos 0,3%.
Portugal foi dos países da União Europeia (UE) que, em 2018, menos gastou com serviços de protecção contra incêndios, num total de cerca de 290 milhões de euros, o equivalente a 0,3% das despesas públicas.
Dados publicados esta segunda-feira pelo gabinete de estatísticas comunitário, o Eurostat, revelam que, em média, os Estados-membros da UE alocaram nesse ano 0,5% das suas contas nacionais a este tipo de serviços, num total de 29,5 mil milhões de euros entre os 27.
Com um rácio de 0,3% das despesas públicas alocadas à protecção contra incêndios, o equivalente em termos brutos a 291,2 milhões de euros, Portugal fica não só abaixo da média comunitária, como também no grupo dos países que menos investiu nestes serviços, de acordo com estes dados, os mais recentes do Eurostat.
Assim, em 2018, Portugal foi apenas superado pela Dinamarca e por Malta, que alocaram respectivamente 0,1% e 0,2% das suas despesas públicas aos serviços de protecção contra incêndios, e ficou no mesmo patamar de países como Irlanda, Áustria e Eslovénia.
Em sentido inverso, os Estados-membros que mais verbas disponibilizaram para estes serviços foram a Bulgária (0,9%), a Roménia (0,8%) e a República Checa e a Lituânia (0,7% ambas).
Dentro destas despesas inclui-se o salário dos bombeiros profissionais, que em 2019 eram 240 mil a trabalhar em 22 Estados-membros (os dados disponíveis até à data), o equivalente a 0,1% do emprego total na UE.
“Os bombeiros são um dos grupos na vanguarda da resposta à crise do novo coronavírus. Em muitos países, estão envolvidos não só no seu papel tradicional, mas também em ajudar a assegurar outros serviços essenciais às suas comunidades, como a condução de ambulâncias, a entrega de medicamentos e alimentos e [a realização de] testes para a covid-19”, adianta o Eurostat na informação divulgada.