Por querer salvar os orangotangos, Alain Schroeder venceu no World Press Photo

O projecto Saving Orangutans de Alain Schroeder, que documenta a acção de duas organizações não-governamentais indonésias em prol da manutenção da espécie em vias de extinção, foi duplamente premiado na edição de 2020 do concurso mundial de fotojornalismo. Em entrevista ao P3, o belga garante que ainda há muito por fazer para evitar a extinção destes grandes primatas.

Cria de orangotango com aproximadamente um mês que foi salva numa plantação de óleo de palma. A sua mãe, Hope, foi encontrada com ferimentos causados por objectos cortantes no braço direito, dedo esquerdo e perna direita, 74 balas de pistola de pressão de ar no corpo e totalmente cega. O bebé morreu no carro, a caminho do centro médico do SOCP. ©Alain Schroeder
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Cria de orangotango com aproximadamente um mês que foi salva numa plantação de óleo de palma. A sua mãe, Hope, foi encontrada com ferimentos causados por objectos cortantes no braço direito, dedo esquerdo e perna direita, 74 balas de pistola de pressão de ar no corpo e totalmente cega. O bebé morreu no carro, a caminho do centro médico do SOCP. ©Alain Schroeder

No dia 9 de Março de 2019, às 23h, em Sumatra, na Indonésia, o fotógrafo belga Alain Schroeder recebeu uma chamada da organização não-governamental Sumatran Orangutan Conservation Programme (SOCP). Um orangotango fêmea e a sua cria estavam em risco e a equipa de salvamento da organização estava no seu encalço. “Passámos dez horas na estrada, de noite, até encontrarmos a Hope”, recorda ao P3 o vencedor da edição de 2020 do World Press Photo nas categorias de Natureza (imagem individual e série). “Ela foi encontrada com a sua cria. Estava cega de ambos os olhos, tinha cortes de machete e balas de borracha no corpo e uma clavícula partida. Fomos directamente para o hospital da SOCP, ela precisava de cuidados médicos urgentes.” A cria, infelizmente, faleceu a caminho, no jipe. E foi a imagem desse bebé orangotango sem vida que garantiu ao belga a distinção na categoria Nature Single, no concurso mundial de fotojornalismo.

Desorientados, Hope e o filhote foram encontrados esfomeados junto a uma aldeia. “Não é uma situação incomum”, explica o fotógrafo. “Quando um orangotango é avistado com uma cria, normalmente é atacado pela população. Não porque represente perigo, mas porque um orangotango bebé vale milhares de dólares no mercado negro.” Os aldeãos não atiram a matar; usam armas de pressão de ar para ferir e desorientar o orangotango adulto para capturarem a cria. “Um orangotango nunca se separa do seu filhote”, explica Shroeder. “Prefere morrer a deixá-lo.” E foi exactamente este o cenário que a equipa seguida pelo belga encontrou no terreno. “Os raios x dos orangotangos adultos geralmente revelam vários projécteis alojados no corpo. E os de Hope não destoavam.”

Na Indonésia, nas ilhas de Sumatra e Bornéu, os únicos locais do mundo onde reside esta espécie, estima-se que actualmente existam cerca de 14 mil orangotangos. Há 100 anos seriam cerca de 300 mil. O processo de extinção está em curso, não surpreendentemente, devido a mão humana. “As plantações de óleo de palma, que estão na origem da desflorestação das ilhas, estão a colocar a espécie em risco”, explica Schroeder. A exportação de óleo de palma assume, actualmente, um papel fundamental na economia das ilhas, o que faz prever um futuro difícil para os grandes primatas.

Schroeder explica porquê. “Os orangotangos são animais solitários que vivem na floresta. É no topo das árvores que constroem, diariamente, os seus ninhos. Quando as plantações de palma substituem a vegetação autóctone, o seu habitat é profundamente alterado e passam a ter dificuldades em encontrar comida.” Desorientados e com fome, entre milhares de palmeiras, os primatas acercam-se das aldeias, onde são feridos e capturados pelos habitantes. “As organizações não-governamentais assumem, nesse contexto, um papel interventivo, resgatando os primatas, reeducando-os para o regresso ao seu habitat natural e tentando educar as populações para o contacto com eles.”

Nos centros do Orangutan Information Center e da Sumatran Orangutan Conservation Program, que o fotógrafo belga documentou durante seis meses, os grandes primatas são reabilitados até estarem prontos a integrar o seu habitat natural. “Quando uma cria fica órfã, devolvê-la imediatamente à floresta não é uma opção”, explica. “Porque durante sete ou oito anos, o tempo que passaria na companhia da sua progenitora, a cria iria aprender a sobreviver – a fazer ninhos, a saltar de árvore em árvore de forma segura, a encontrar comida, a defender-se de predadores.” Assim, têm de ser as organizações a assumir o papel das mães.

Dedicam esses anos à formação dos pequenos primatas em “escolas de orangotangos”. São atribuídas mães humanas às crias, que lhes ensinam tudo o que têm de saber para poderem ser libertadas em segurança. “Uma cria de orangotango é como uma criança, precisa de aprender a sobreviver, a socializar. É dependente até atingir a idade adulta.” Os laços afectivos que desenvolvem com os membros das equipas de intervenção são fortes, remetem para a ligação entre humanos. “Há abraços e beijinhos, afecto, lealdade.” O que é curioso, refere o fotógrafo, “é que os humanos têm de ensinar os orangotangos a serem orangotangos”. Porque quanto chegam aos centros, eles ainda não sabem sê-lo. “Ou porque foram, durante muitos anos, animais de estimação ou porque ficaram sem mãe muito cedo, eles não têm todas as ferramentas para sobreviver no mundo selvagem.” Só quando estão totalmente preparados, são libertados para o mundo selvagem, um processo que pode ser emocionalmente difícil.

Nunca, durante os seis meses que passou em Sumatra, entre Outubro de 2018 e Abril de 2019, Alain foi autorizado a tocar num orangotango. “Antes de juntar-me às equipas, fui obrigado a realizar análises e tive sempre de usar máscara na sua presença.” O risco de contraírem doenças humanas é elevado, devido à larga parcela de ADN que partilham com as pessoas, que ronda os 96%. “Foi um processo moroso, o da obtenção de autorização para acompanhar estas equipas. Demorei dois meses só a garantir acesso às organizações.”

Mas valeu a pena, garante o fotógrafo. Não só pelo prémio no concurso World Press Photo, mas pela exposição que merece este tema. “Eu não me considero um activista. Sou um fotojornalista e tento, em todos ao casos, retratar o que vejo de forma neutra. Mas, neste caso, fiquei especialmente satisfeito por poder trazer luz a este assunto. Porque está ao alcance de todos operar algum tipo de mudança.” O consumo de produtos alimentares que contêm óleo de palma estimula a plantação deste tipo de palmeira e o seu boicote é uma forma de activismo em prol da conservação das florestas virgens de Sumatra e Bornéu. E, indirectamente, da manutenção do habitat dos orangotangos. “Neste caso, todos podemos intervir, basta parar de consumir óleo de palma. Por isso, saber que o meu projecto será visível, à boleia do World Press Photo, em mais de cem países, traz-me alguma satisfação. Prefiro ver as ONG e os hospitais de orangotangos extintos do que ver os orangotangos extintos.” O projecto Saving Orangutans é a sua contribuição.

O dono de uma pequena plantação chamou a Unidade de Resposta a Conflito Humano-Orangotango (uma divisão da Orangutan Information Centre), para resgatar um orangotango. Não é a primeira vez. Após horas a tentar localizá-lo numa densa área arborizada, a equipa conseguiu tranquilizar o animal.
O dono de uma pequena plantação chamou a Unidade de Resposta a Conflito Humano-Orangotango (uma divisão da Orangutan Information Centre), para resgatar um orangotango. Não é a primeira vez. Após horas a tentar localizá-lo numa densa área arborizada, a equipa conseguiu tranquilizar o animal. ©Alain Schroeder
O resgate de um orangotango num seringal. A equipa de salvamento instala uma clínica temporária junto à margem de um rio, onde o terreno é plano. O efeito do sedativo dura cerca de 30 minutos. Jeni, ajudada pelo resto da equipa, realiza um exame médico na fêmea orangotango de 15 anos. É necessário transportá-la para uma jaula antes de acordar.
O resgate de um orangotango num seringal. A equipa de salvamento instala uma clínica temporária junto à margem de um rio, onde o terreno é plano. O efeito do sedativo dura cerca de 30 minutos. Jeni, ajudada pelo resto da equipa, realiza um exame médico na fêmea orangotango de 15 anos. É necessário transportá-la para uma jaula antes de acordar. ©Alain Schroeder
A mãe de substituição, Selvi, ensina Otan, uma cria de orangotango de 3 anos que foi resgatada de uma habitação em Java pela Jakarta Animal Network, a subir a uma árvore na escola de orangotangos da SOCP. Juntos, desenvolveram uma ligação de mãe-filho muito forte. Como os humanos, a mãe orangotango tem de ensinar tudo à sua cria para que possa sobreviver sozinha. No centro, os técnicos assumem papel parental. Os orangotangos serão libertados quando atingem os 7 ou 8 anos de idade, a idade em que, em ambiente selvagem, se tornam independentes.
A mãe de substituição, Selvi, ensina Otan, uma cria de orangotango de 3 anos que foi resgatada de uma habitação em Java pela Jakarta Animal Network, a subir a uma árvore na escola de orangotangos da SOCP. Juntos, desenvolveram uma ligação de mãe-filho muito forte. Como os humanos, a mãe orangotango tem de ensinar tudo à sua cria para que possa sobreviver sozinha. No centro, os técnicos assumem papel parental. Os orangotangos serão libertados quando atingem os 7 ou 8 anos de idade, a idade em que, em ambiente selvagem, se tornam independentes. ©Alain Schroeder
A mãe de substituição, Selvi, ensina Otan, uma cria de orangotango de 3 anos que foi resgatada de uma habitação em Java pela Jakarta Animal Network, a subir a uma árvore na escola de orangotangos da SOCP. Juntos, desenvolveram uma ligação de mãe-filho muito forte. Como os humanos, a mãe orangotango tem de ensinar tudo à sua cria para que possa sobreviver sozinha. No centro, os técnicos assumem papel parental. Os orangotangos serão libertados quando atingem os 7 ou 8 anos, a idade em que, em ambiente selvagem, se tornam independentes.
A mãe de substituição, Selvi, ensina Otan, uma cria de orangotango de 3 anos que foi resgatada de uma habitação em Java pela Jakarta Animal Network, a subir a uma árvore na escola de orangotangos da SOCP. Juntos, desenvolveram uma ligação de mãe-filho muito forte. Como os humanos, a mãe orangotango tem de ensinar tudo à sua cria para que possa sobreviver sozinha. No centro, os técnicos assumem papel parental. Os orangotangos serão libertados quando atingem os 7 ou 8 anos, a idade em que, em ambiente selvagem, se tornam independentes. ©Alain Schroeder
Após o exame médico, Fahzren é transportado pelos cuidadores para uma jaula. Fahzren tem 30 anos e vem de um jardim zoológico, na Malásia, onde viveu desde que era bebé. Está bem de saúde, mas não tem competências para sobreviver no mundo selvagem. Assim sendo, ele terá de viver o resto da vida no santuário, onde os orangotangos como Fahzren poderão viver com a ajuda e amor de cuidadores dedicados.
Após o exame médico, Fahzren é transportado pelos cuidadores para uma jaula. Fahzren tem 30 anos e vem de um jardim zoológico, na Malásia, onde viveu desde que era bebé. Está bem de saúde, mas não tem competências para sobreviver no mundo selvagem. Assim sendo, ele terá de viver o resto da vida no santuário, onde os orangotangos como Fahzren poderão viver com a ajuda e amor de cuidadores dedicados. ©Alain Schroeder
Fahzren faz um exame de rotina no hospital para orangotangos da SOCP.
Fahzren faz um exame de rotina no hospital para orangotangos da SOCP. ©Alain Schroeder
Fahzren faz exame médico de rotina. Na imagem está o veterinário júnior Miuthya e à direita, Yenni, veterinária sénior.
,Fahzren faz exame médico de rotina. Na imagem está o veterinário júnior Miuthya e à direita, Yenni, veterinária sénior.
Fahzren faz exame médico de rotina. Na imagem está o veterinário júnior Miuthya e à direita, Yenni, veterinária sénior. ,Fahzren faz exame médico de rotina. Na imagem está o veterinário júnior Miuthya e à direita, Yenni, veterinária sénior. ©Alain Schroeder
Em Sibolangit, no Centro médico de SOCP. Brenda, um orangotango fêmea de 3 meses, que ainda não tem dentes, é preparada para cirurgia. É-lhe aplicado um sedativo, o seu braço é rapado e é medida a sua temperatura. O técnico dá-lhe a mão por compaixão. Durante o procedimento cirúrgico de três horas, o Dr. Andreas Messikommer, um famoso cirurgião ortopedista suíço, irá rectificar o seu úmero fracturado. Brenda era o animal de estimação de um habitante de Blang Pidie, uma aldeia na zona costeira de Aceh.
Em Sibolangit, no Centro médico de SOCP. Brenda, um orangotango fêmea de 3 meses, que ainda não tem dentes, é preparada para cirurgia. É-lhe aplicado um sedativo, o seu braço é rapado e é medida a sua temperatura. O técnico dá-lhe a mão por compaixão. Durante o procedimento cirúrgico de três horas, o Dr. Andreas Messikommer, um famoso cirurgião ortopedista suíço, irá rectificar o seu úmero fracturado. Brenda era o animal de estimação de um habitante de Blang Pidie, uma aldeia na zona costeira de Aceh. ©Alain Schroeder
No centro médico de SOCP. Brenda tem um osso partido em dois. Yenny, a veterinária do centro, segura-a no colo enquanto analisa o seu raio x.
No centro médico de SOCP. Brenda tem um osso partido em dois. Yenny, a veterinária do centro, segura-a no colo enquanto analisa o seu raio x. ©Alain Schroeder
No centro médico de SOCP. O orangotango fêmea Hope é submetida a cirurgia após ter sido encontrada em condição crítica. Irá ser removida parte da clavícula partida que lhe perfurou o saco de ar que tem na zona superior do peito e que infectou. A operação é realizada pelo suíço Messikommer, que há 15 anos colabora com a clínica.
No centro médico de SOCP. O orangotango fêmea Hope é submetida a cirurgia após ter sido encontrada em condição crítica. Irá ser removida parte da clavícula partida que lhe perfurou o saco de ar que tem na zona superior do peito e que infectou. A operação é realizada pelo suíço Messikommer, que há 15 anos colabora com a clínica. ©Alain Schroeder
Após a cirurgia, Hope é colocada numa cama confortável numa jaula que irá restringir os seus movimentos, enquanto recupera da cirurgia. Ficará nos cuidados intensivos até se restabelecer completamente. Apesar de ter sido salva, a situação de Hope é trágica. Está cega dos dois olhos, que foram atingidos por balas de borracha, por isso não poderá sobreviver sem ajuda. Ficará, por isso, no santuário do SOCP, onde viverá sob os cuidados de tratadores dedicados.
Após a cirurgia, Hope é colocada numa cama confortável numa jaula que irá restringir os seus movimentos, enquanto recupera da cirurgia. Ficará nos cuidados intensivos até se restabelecer completamente. Apesar de ter sido salva, a situação de Hope é trágica. Está cega dos dois olhos, que foram atingidos por balas de borracha, por isso não poderá sobreviver sem ajuda. Ficará, por isso, no santuário do SOCP, onde viverá sob os cuidados de tratadores dedicados. ©Alain Schroeder
Esta cria, filha de Hope, foi salva numa plantação de óleo de palma, em Bunga Tanjung, na província de Aceh. Morreu poucas horas depois, supõe-se que de malnutrição.
Esta cria, filha de Hope, foi salva numa plantação de óleo de palma, em Bunga Tanjung, na província de Aceh. Morreu poucas horas depois, supõe-se que de malnutrição. ©Alain Schroeder
Asha, uma orangotango fêmea de 20 anos, prepara-se para ser libertada. Chegou em 2017 em estado crítico, com uma mão partida, uma anca fracturada e com gangrena na mão esquerda de ser espancada. Será submetida a um exame médico antes de ser libertada. Um membro da equipa do SOCP protege-a da chuva com uma folha gigante.
Asha, uma orangotango fêmea de 20 anos, prepara-se para ser libertada. Chegou em 2017 em estado crítico, com uma mão partida, uma anca fracturada e com gangrena na mão esquerda de ser espancada. Será submetida a um exame médico antes de ser libertada. Um membro da equipa do SOCP protege-a da chuva com uma folha gigante. ©Alain Schroeder
Jantho Reintroduction Centre, na Reserva Natural de Jantho Pine Forest. Nazarudin, de 26 anos, é membro da equipa de libertação e monitorização de Jantho. Na imagem, prepara a libertação de Kamala, orangotango fêmea de seis anos. Nas semanas seguintes, Nazarudin, o técnico, irá ensiná-la a subir às árvores e irá monitorizar os seus movimentos. Os tratadores preocupam-se sobretudo com a capacidade de um orangotango fazer um ninho, encontrar frutas e folhas comestíveis e de se afastar dos humanos. Os exercícios são repetidos até haver certeza de que o orangotango saberá cuidar de si próprio em ambiente selvagem. Quando "acaba a escola", o orangotango é libertado no parque natural protegido.
Jantho Reintroduction Centre, na Reserva Natural de Jantho Pine Forest. Nazarudin, de 26 anos, é membro da equipa de libertação e monitorização de Jantho. Na imagem, prepara a libertação de Kamala, orangotango fêmea de seis anos. Nas semanas seguintes, Nazarudin, o técnico, irá ensiná-la a subir às árvores e irá monitorizar os seus movimentos. Os tratadores preocupam-se sobretudo com a capacidade de um orangotango fazer um ninho, encontrar frutas e folhas comestíveis e de se afastar dos humanos. Os exercícios são repetidos até haver certeza de que o orangotango saberá cuidar de si próprio em ambiente selvagem. Quando "acaba a escola", o orangotango é libertado no parque natural protegido. ©Alain Schroeder
Pandu, veterinário, atravessa o rio Krueng Aceh num pequeno barco, ao amanhecer, transportando Diana, um orangotango fêmea de 8 anos que será libertado. Esta não é a primeira tentativa de libertar Diana. Em 2014, foi libertada, sem sucesso, e regressou diversas vezes ao centro da SOCP. Diana, que foi domesticada, tem dificuldade em adaptar-se à comida que encontra na floresta e na sua última visita ao centro descobriram que tinha malária, o que obrigou a uma transfusão de sangue. Desde 2011, cerca de 100 orangotangos foram soltos e muitos nascimentos já foram registados.
Pandu, veterinário, atravessa o rio Krueng Aceh num pequeno barco, ao amanhecer, transportando Diana, um orangotango fêmea de 8 anos que será libertado. Esta não é a primeira tentativa de libertar Diana. Em 2014, foi libertada, sem sucesso, e regressou diversas vezes ao centro da SOCP. Diana, que foi domesticada, tem dificuldade em adaptar-se à comida que encontra na floresta e na sua última visita ao centro descobriram que tinha malária, o que obrigou a uma transfusão de sangue. Desde 2011, cerca de 100 orangotangos foram soltos e muitos nascimentos já foram registados. ©Alain Schroeder
Diana será libertada novamente.
Diana será libertada novamente. ©Alain Schroeder