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A radiografia às formigas: os retratos de um mês na linha da frente contra o coronavírus
Para se perceber a determinação, a audácia e a resiliência, nada como observar um carreiro de formigas a transportar o alimento para o formigueiro. É uma verdadeira lição.
Nestes dias de pandemia em que o mundo está do avesso, é bom pensarmos na força da formiga e na fortaleza que é o formigueiro. Somos todos necessários. O PÚBLICO visitou o Hospital São João no Porto e o Centro Hospitalar do Baixo Vouga em Aveiro. Fomos apertar o pulso e sentir o ritmo cardíaco de quem trabalha horas sem limites. Sentir a adrenalina e a paixão de quem tem a responsabilidade de curar feridas e salvar vidas. Todos eles, como no formigueiro, são indispensáveis.
Desde o cirurgião ao serralheiro. Respira-se preocupação e emoção. Não se pode ser indiferente ao novo coronavírus. Transforma-se o salão nobre em armazém, consertam-se ventiladores, inventam-se espaços, vestem-se fatos lunares, não se olha para o relógio e todos usam máscara. Só podemos ler nos olhos. A única expressão facial. Depois, a máscara dá uma breve pausa e adivinhamos, surpresos, rostos cansados, mas tranquilos. São os rostos da nossa pedra preciosa, o Serviço Nacional de Saúde (SNS). São rostos. São retratos. Simples. Para quem um obrigado é pouco tal é a força imensa das formigas.