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Pelo rio, mar e terra: migrantes tentam chegar à Europa, cercada por arame farpado
Criança é a primeira vítima dos milhares de refugiados e migrantes que tentam atravessar as fronteiras entre a Turquia e a Grécia.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu esta segunda-feira à Europa que "tome a sua parte do fardo" que é o acolhimento de migrantes, depois de abrir as suas fronteiras na tentativa de obter mais apoio ocidental na questão da Síria.
A primeira vítima mortal da abertura de fronteiras é um rapaz de quatro anos. Na manhã desta segunda-feira, um barco insuflável virou perto da costa da ilha de Lesbos, provocando a morte da criança.
Só na noite de sábado para domingo chegaram a Lesbos pelo menos 400 pessoas em oito barcos, e 58 chegaram a Quios, outra ilha do mar Egeu, segundo a televisão grega Skai. Na região de Evros, a fronteira terrestre, as autoridades impediram a passagem, recorrendo a medidas como lançamento de gás lacrimogéneo. Alguns refugiados tentam atravessar através do rio Evros, mas também sem sorte, sendo obrigados a regressar a território turco. Na fronteira em Pazarkule os soldados reforçaram a fronteira com mais arame farpado.
A Grécia estava já com um grave problema de sobrelotação dos campos de refugiados nas cinco ilhas mais perto da Turquia, com tendas a estender-se além dos campos que não têm já condições mínimas: as pessoas dormem entre ratos e escorpiões, a água que têm sai de perto de montanhas de lixo não recolhido, e há crianças a desenvolver problemas psicológicos de tal modo que deixam de andar, comer ou mesmo ir à casa de banho.
Na terça-feira, os presidentes das três principais instituições europeias deslocam-se à Grécia para demonstrar o “total apoio” da UE às autoridades gregas na resposta à pressão migratória de refugiados oriundos da Turquia, anunciou esta segunda-feira a presidente da Comissão Europeia.
“A nossa prioridade é dar à Grécia e à Bulgária todo o apoio de que necessitam para enfrentar a situação no terreno. O desafio que a Grécia está a enfrentar agora é um desafio europeu. Por isso, amanhã [terça-feira] vou viajar para a Grécia juntamente com [o presidente do Conselho Europeu] Charles Michel e [o presidente do Parlamento Europeu] David Sassoli”, anunciou Ursula Von der Leyen numa conferência em Bruxelas.