Frederico Varandas disposto a ir até ao fim sem temer ameaças

Presidente do Sporting garante não ser refém das claques e promete entregar o clube melhor do que o herdou.

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LUSA/MARIO CRUZ

Frederico Varandas, presidente do Sporting, garantiu esta segunda-feira, em entrevista à TVI, que levará “a missão” e o mandato até ao fim, independentemente das ameaças e agressões de que os elementos da direcção do clube têm sido alvo.

O dirigente fez um apelo à “maioria silenciosa e aos verdadeiros donos do clube” no sentido de combater os interesses das claques, que, segundo o próprio, estão na base de uma contestação infame, que recorre a métodos de intimidação e que Varandas relaciona com o facto de lhes terem sido cortados apoios que representavam cerca de 300 a 400 mil euros anuais.

Recusando ser refém de um grupo cujos elementos diz desconhecer sequer se são sócios do Sporting, Frederico Varandas desafia os membros da claque a apresentarem-se aos sportinguistas. “O líder sabemos quem é. Está preso. Quanto aos outros, não sabemos quem são, o que fazem, de que vivem…”, denunciou, assumindo que no caso de serem sócios “serão expulsos”.

Frederico Varandas acusa a “minoria ruidosa” de ter iniciado, premeditadamente, uma campanha mesmo quando a equipa era líder do campeonato, à terceira jornada, quando venceu (1-3) em Portimão. Mesmo assumindo os erros e a má campanha desportiva (apesar do terceiro lugar na Liga), depois de no ano anterior o Sporting ter conseguido os “melhores resultados dos últimos 16 anos”, Frederico Varandas garante que entregará o clube em melhor condição do que aquela em que o encontrou e que exigiu a liquidação de “40 milhões de euros de dívidas a bancos, 40 milhões a clubes e jogadores e 30 milhões de um empréstimo obrigacionista”.

“Não vamos pactuar com isto. As imagens das agressões do último jogo serão entregues às autoridades”, avisa, lembrando que o ataque a Alcochete “não foi há 20 anos” e que a escalada, com a invasão a garagens e pavilhões, não o demoverá.

“Nunca vou abandonar o Sporting a esta gente. Houve apenas uma direcção destituída em 114 anos, por tudo o que sabemos”, insistiu, mantendo que o Sporting estará sempre do lado da “transparência e seriedade” e à margem de fugas ao fisco, comunicados e agressões. A propósito, sublinhou que é um presidente incómodo, ao contrário de outros que diz serem “reféns”, “aliados” e de “alimentarem as claques”.

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