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O congresso do Livre em 12 imagens e muita confusão
Congresso do Livre adiou este sábado a decisão sobre a proposta da 42.ª assembleia de retirada da confiança política a Joacine Katar Moreira, que não tenciona abdicar do mandato.
A confusão está lançada e o desfecho não é certo. Apenas com uma diferença de dois votos, o congresso do Livre adiou este sábado a decisão sobre a proposta da 42.ª assembleia de retirada da confiança política a Joacine Katar Moreira. Serão já os novos órgãos a eleger neste domingo a fechar este dossier. Joacine, todavia, garante que se manterá no Parlamento, caso isso aconteça, como deputada não-inscrita.
À chegada ao centro cívico, a deputada única eleita pelo Livre deixou logo claro que não tenciona abdicar do seu mandato. Se o Livre não quiser continuar a ser representado por Joacine Katar Moreira, então o congresso deste fim-de-semana – ou os novos órgãos eleitos – terá de aprovar a retirada de confiança política. “Renunciar ao mandato? Está fora de questão”, asseverou.
O adiamento da discussão foi incentivado por alguns membros, nomeadamente por Ricardo Sá Fernandes e pelo fundador Rui Tavares. “Em nenhum partido democrático do mundo se exclui ou se retira a confiança política sem ouvir o partido”, afirmou o advogado Sá Fernandes, durante o seu discurso.
Sá Fernandes defendeu que “se oiçam argumentos, que se pratique mediação, que se chame o conselho de jurisdição e que se trate isto com bom senso e espírito democrático”. Se as consequências políticas da tempestade criada com Joacine Katar Moreira só a médio prazo serão perceptíveis para a vida do partido, as sequelas financeiras podem ser imediatas para a parlamentar, caso deixe de representar o Livre e se assuma como deputada não-inscrita. Na verdade, as perdas financeiras serão até maiores para Joacine do que para o Livre. A deputada vê o seu financiamento anual reduzir-se de 118 para 57 mil euros, ao passo que o partido continuará a receber anualmente 165 mil euros.