Grupo Sana investe 40 milhões na requalificação do Convento da Graça em Lisboa

Monumento Nacional, o antigo convento lisboeta será transformado num hotel de cinco estrelas, ao abrigo do Revive.

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O grupo Sana vai investir 40 milhões de euros na requalificação do Convento da Graça, em Lisboa, num hotel de cinco estrelas com 170 quartos com uma área bruta de construção superior a 15 mil metros quadrados.

“O projecto representa um investimento do grupo Sana na ordem dos 40 milhões de euros”, avançou, em comunicado, a empresa. O concurso público, ao abrigo do programa Revive, foi concluído na terça-feira, com a celebração do contrato de concessão entre o Estado e o grupo Sana.

No âmbito desta concessão, o Sana vai transformar o quartel e antigo Convento da Graça num hotel de cinco estrelas com 170 quartos e uma área bruta de construção de mais de 15 mil metros quadrados, “dando continuidade à sua estratégia de expansão através da criação de conceitos de hotelaria de excelência”.

Será o 11.º hotel Sana em Lisboa – um dos mais icónicos é o Myriad na Torre Vasco da Gama —, que ocupará um edifício classificado como Monumento Nacional desde 1910. O imóvel será concessionado por um período de 50 anos para a instalação do hotel, o que corresponderá a uma renda anual de 1,79 milhões de euros, segundo anunciaram os ministérios da Economia e da Cultura em Outubro passado. 

A concessão não inclui a área da igreja nem o respectivo jardim, estando igualmente fora do âmbito do concurso o Jardim da Cerca da Graça. O concurso estabelece que o concessionário ficará responsável por construir os espaços que vão acolher as capelas mortuárias de apoio à igreja.

Com a conclusão do processo de concessão do Quartel da Graça passam a ser 10 os imóveis adjudicados ao abrigo do programa Revive, representando um investimento de 100 milhões de euros, privado, na recuperação de imóveis públicos.

Na terça-feira, a secretária de Estado do Turismo disse, durante a cerimónia de conclusão da concessão, que o Governo está a preparar mais três contratos ao abrigo deste programa. A governante destacou que o programa tem âmbito nacional e que o executivo está a trabalhar “numa perspectiva de coesão territorial”, sendo que os três contratos serão lançados “num futuro breve”, em regiões que incluem Coimbra, Aveiro e Alentejo. Actualmente, estão a ser ultimados mais dois concursos, referiu Rita Marques.

O Revive abre o património ao investimento privado para o desenvolvimento de projectos turísticos, através da concessão da exploração por concurso público, segundo a informação disponível na página do programa. Esta é uma iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças, para “promover e agilizar os processos de reabilitação” do património público devoluto.