Conservação da natureza
O rinoceronte branco e outros animais que precisam de ajuda
Justin Mott viaja pelo mundo para documentar quem dedica a sua vida a ajudar animais em perigo. "Terra de Ninguém – Os Últimos Rinocerontes Brancos do Norte" faz parte do projecto Kindred Guardians.
Sudan morreu de causas naturais em 2018, no centro de conservação de animais de Ol Pejeta Conservancy, no condado de Laikipia, no Quénia. Era o último macho entre os rinocerontes brancos do Norte. Não muito longe do seu túmulo vivem Fatu e Najin (mãe e filha), os últimos conhecidos rinocerontes brancos do norte do mundo – culpa da caça furtiva dos seus valiosos chifres, vendidos no mercado negro para fins medicinais orientais tradicionais em países como a China, a Coreia do Norte e o Vietname.
A série de fotografias "Terra de Ninguém – Os Últimos Rinocerontes Brancos do Norte", de Justin Mott, faz parte do projecto Kindred Guardians, um projecto de vida contínuo que pretende documentar pessoas pelo mundo que dedicam as suas vidas a ajudar animais necessitados – um trabalho auto-financiado e cujas imagens são doadas para as organizações participantes. Os rinocerontes Fatu e Najin vivem numa grande área fechada e protegida, onde podem andar livremente e são monitorizados 24 horas por dia por cuidadores e pela polícia da reserva (também responsável pela patrulha de 360 quilómetros quadrados).
"Vivem longe das suas famílias, trabalham 20 dias e têm seis dias de folga na reserva", conta Mott, que há mais de dez décadas se estabeleceu no Vietname. "Todos sentem um enorme orgulho e honra pelo trabalho que realizam. São heróis que sacrificam muito por estes animais. Esta é a história deles". Cada capítulo da série Kindred Guardians explora uma nova questão e um novo vínculo entre humanos e animais.
Justin Mott é um dos oradores da terceira edição da National Geographic Exodus Aveiro Fest, que acontece nos dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro.