Festival Temps d’Images começa esta sexta-feira com performance de Vasco Mendonça

Home is where your heart is dá arranque à 17.ª edição do festival, que apresentará 20 espectáculos, incluindo um preparado por Paulo Furtado e dedicado à cinematografia portuguesa do século XXI.

Foto
Vasco Mendonça inaugura o festival com a performance Home is where your heart is Nuno Ferreira Santos

A 17.ª edição do Festival Temps d'Images começa esta sexta-feira, em Lisboa, com a performance Home is where your heart is, de Vasco Mendonça, com Drumming e Vânia Rovisco, às 18h, no Palacete Gomes Freire (repete às 21h30). Até 1 de Dezembro, o certame apresentará 20 espectáculos, nove em estreia absoluta, e dará carta-branca a Paulo Furtado para celebrar a cinematografia nacional do século XXI, segundo a programação.

Durante um mês, 15 espaços culturais da capital vão acolher os espectáculos de dança, teatro, vídeo, música, documentário, filme e performance deste festival fundado por António Câmara Manuel. Home is where your heart is é o resultado de uma encomenda do Drumming GP ao compositor Vasco Mendonça, partindo de uma passagem de Molloy, de Samuel Beckett, e explora a música realizada com a voz, o corpo e objectos do quotidiano, “numa corrente de consciência que percorre temas como o medo, o activismo, e a violência”.

No sábado, 2 de Novembro, às 21h30, também em estreia nacional, está prevista a performance See that my grave is kept clean, da coreógrafa suíça Adaline Anobile, no CAL/Primeiros Sintomas. Domingo 3 de Novembro, às 14h30, 16h30 e 18h30, no LU.CA - Teatro Luís de Camões, será dia de teatro para toda a família com O que vêem as nuvens, de Ricardo Vaz Trindade, em estreia absoluta.

O evento artístico, que se continua a assumir como “um nicho” no panorama artístico do país, segundo declarações da directora artística, Mariana Brandão, à Lusa, apresenta em 2019 um programa diverso e centrado na relação entre arte ao vivo e imagem. Este ano, a programação do festival “é uma aposta em obras, mais do que em artistas, uns mais experientes que outros, e alguns trabalhando em áreas que são exploradas pela primeira vez”, disse à agência Lusa, há duas semanas, quando foi divulgada a programação, a directora do festival.

Entre outros artistas, o festival desafiou o músico e realizador Paulo Furtado para programar e apresentar uma sessão no âmbito da celebração do 20.º aniversário da Agência da Curta-Metragem. Esta agência está a organizar a iniciativa Carta-Branca aos Realizadores Portugueses que, no espaço de um ano, irá percorrer os diversos festivais de cinema com sessões de celebração da cinematografia nacional do século XXI. O décimo acto da iniciativa Carta-Branca aos Realizadores Portugueses terá agora lugar no Cinema Ideal, no âmbito do Temps d'Images Lisboa, a 17 de Novembro.

A morte nos olhos, de Alexandre Pieroni Calado e João Ferro Martins, será apresentado a 3 e 4 de Novembro na Comuna - Teatro de Pesquisa, resultado de um trabalho de criação em colaboração com a coreógrafa Carlota Lagido, assente na reescrita das fontes antigas do mito de Medusa e Perseu. A 15 e 16 de Novembro, Rita Barbosa apresenta, em estreia absoluta, na Rua das Gaivotas 6, Amigos Imaginários, um filme-performance no qual o público é convidado a assistir à projecção de um filme, em fase de montagem, que é sonorizado ao vivo num estúdio.

De Né Barros e João Martinho Moura será apresentado Co: Lateral, a 22 e 23 de Novembro, também na Rua das Gaivotas 6, desenvolvido a partir do projecto performativo Nuve, onde se explorava a relação entre a dança e as artes digitais. Maria Gil e Miguel Bonneville, Sara Vaz & Marco Balesteros, Julián Pacomio & Ángela Millano, Frederico Barata, Francisca Manuel com Eduardo Breda, e Adaline Anobile são outros dos artistas que vão marcar presença na edição deste ano do evento.

A festa de encerramento do Festival Temps d'Images está prevista para 30 de Novembro às 22h30, no Musicbox Lisboa, com um concerto e vídeo pelo grupo O Bom, o Mau e o Azevedo.