Pet
Foi há dez anos que Azahar chegou ao centro do lince de Silves
Na última década, desde que o centro foi inaugurado, nasceram 122 linces em Silves: 89 sobreviveram e 69 foram já reintroduzidos na natureza.
Foi há dez anos que a fêmea de lince-ibérico Azahar chegou ao Centro Nacional de Reprodução de Lince Ibérico (CNRLI). O Centro abriu a 26 de Outubro de 2009 para ajudar a recuperar aquela que é considerada a espécie de felino mais ameaçada do mundo e que tinha já desaparecido do território português: é provável que Portugal tenha perdido as suas populações nos anos 80 do século passado e os últimos vestígios de lince em território nacional tinham sido detetados 2001, em zona de fronteira, de um animal de uma população de Espanha, lembra o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
É neste contexto que surge o centro de Silves, que tem como objectivo estabelecer uma população em cativeiro, de forma a permitir a reprodução natural e assistida, e a preparação destes animais para a reintrodução em áreas de distribuição histórica da espécie.
Nestes 10 anos nasceram 122 animais no CNRLI, dos quais 89 sobreviveram e 69 foram já reintroduzidos na natureza (em Mértola, Portugal e em Espanha, na Andaluzia, Extremadura e Castilla La Mancha).
Dos animais que não foram reintroduzidos, cinco foram integrados no programa de cria em cativeiro como reprodutores e os restantes – não podendo ser libertados nem incluídos no programa por problemas genéticos – foram encaminhados para zoos ou encontram-se à espera de serem colocados em zoos ou cercados de visitação.
Dos oito animais nascidos este ano, sete vão ser reintroduzidos na natureza no início de 2020 e o outro será integrado no programa como reprodutor.