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Leitos de terra, barcos abandonados: a falta de água no Tejo em 15 fotos
No rio Pônsul, um dos afluentes do Tejo agora secos, há terras e muitas pedras, mas água… quase nem vê-la.
Barcos parados ou abandonados, terra e pedras a descoberto. Aos olhos de quem passa hoje pelo território do Tejo Internacional não faltam imagens que ilustram a descida dos níveis de água, actualmente os mais baixos das últimas décadas.
Na região transfronteiriça, o assunto é tema de todos os dias. Junto à barragem de Cedillo, em Espanha, encontra-se desde um cais do barco turístico caído a uma embarcação parada no meio do rio.
Do lado de cá da fronteira, no distrito de Castelo Branco, o rio Pônsul é um dos afluentes do Tejo agora secos, onde os pilares de uma ponte registam as marcas do nível habitual da água. Mais de uma dezena de metros abaixo, sobram terras e muitas pedras, mas água… quase nem vê-la.
Para o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) e da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, o que está a acontecer no Tejo Internacional é o reflexo daquilo que apelida de "política calculista" de gestão de águas, em que são privilegiados os interesses económicos em detrimento do território e dos interesses ambientais.
“O Governo português e o Governo espanhol têm a obrigação de se articularem e evitarem uma situação destas", sublinha, em declarações à Lusa.
Enquanto o movimento ambientalista proTejo tem reiterado que Espanha não cumpriu os caudais definidos no ano hidrológico 2018/2019 e pedido a publicação dos dados, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) afirma que “tudo parece indicar o cumprimento do regime de caudais anuais”, apesar de o boletim anual ainda estar em execução.
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