Nem na flash interview, nem na sala de imprensa. Por força dos regulamentos da Taça de Portugal, prova tutelada pela Federação Portuguesa de Futebol, o treinador do Sporting, Silas, não fez a análise da partida em Alverca dentro do recinto, mas comentou a eliminação da prova já fora do estádio onde o Alverca se apurou para a quarta eliminatória.

"A eficácia foi importante, mas não foi só isso. Fizemos 22 remates e nenhum golo, isso não é muito normal. Mas há outra parte que tem a ver com o facto de alguns jogadores não terem estado connosco durante a semana e não terem trabalhado aquilo que queremos trabalhar. A segunda parte foi pior do que a primeira, porque houve alguns posicionamentos que não foram cumpridos”, avaliou.

Sublinhando que houve ilações positivas a tirar da partida, nomeadamente “a forma como a equipa saiu de trás”, Silas deixou também um alerta. “Nós não precisamos de heróis, precisamos de construir uma equipa. Uma equipa demora a construir, mas queremos resolver os problemas como equipa, e não com individualidades. Vamos conseguir implementar isso de certeza absoluta. Vai demorar, mas vamos conseguir.”

Quanto à contestação dos adeptos, o treinador do Sporting foi claro: “Os adeptos estão desiludidos e com razão. Temos de aceitar a crítica quando ela é merecida e é merecida. Mas não vamos deixar influenciar-nos. Vamos alterar detalhes mais pequenos do que as pessoas pensam”.

Minutos depois, foi a vez de o presidente do Sporting assumir sentir-se envergonhado com a derrota. “Estamos envergonhados com o que se passou aqui. Não há a mínima desculpa. Estamos envergonhados e este grupo tem de reagir, tem a obrigação de reagir”, disse Frederico Varandas em declarações à imprensa, recusando-se a responder à pergunta se tem condições para continuar à frente dos destinos do clube.