TAP deixa 280 passageiros “pendurados” 24 horas em voo Porto-São Paulo

Maioria dos passageiros é de nacionalidade brasileira e queixa-se de falta de informação da transportadora liderada por David Neeleman.

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Falta de informação deixa passageiros revoltados Nelson Garrido

Sucessivos adiamentos, falta de informação oficial e total ausência de assistência mínima, como abastecimento de água, são algumas das queixas dos 280 passageiros retidos no Aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto desde esta terça-feira. O voo Porto - SãoPaulo deveria ter partido às 11h30 de ontem, mas foi sucessivamente adiado três vezes, até às 15h00, sendo entretanto cancelado para 9h10 desta quarta-feira, mas também esta partida não se concretizou.

Entretanto, muitos passageiros ficaram ontem à retidos no interior do aeroporto, à  sem possibilidade de acesso a bens alimentares

A última informação, avançada por alguns passageiros, mas ainda não oficial, é de que o voo partirá às 12h, mas via Lisboa, alegadamente para abastecimento, estando prevista a saída às 13h e chegada a São Paulo às 21h.

Como relatou ao PÚBLICO o empresário português Cristóvão Sousa, “o que se está a passar é vergonhoso”, quer em relação “à falta de informação oficial, mas também à falta de assistência aos passageiros”. E acrescenta: “Nem uma garrafa de água [deram] aos passageiros retidos no interior do aeroporto, à espera de recuperar a bagagem para pernoitar no Porto, alguns deles idosos”.

Cristóvão Sousa, que já viu canceladas algumas reuniões marcadas para esta quarta-feira, adianta que “só depois de os passageiros terem começado a bater palmas ruidosamente é que as malas foram disponibilizadas”.

A TAP deu indicação de que reembolsaria despesas até 60 euros, mas muitos passageiros acabaram por pernoitar no aeroporto, por falta de alojamento nas proximidades.

“A revolta entre os passageiros é grande”, garante Cristóvão Sousa ao PÚBLICO.

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