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No Salão Automóvel de Frankfurt, a imaginação é eléctrica
Soluções para o futuro. Frankfurt abriu portas e, entre os protótipos apresentados, o que sobressai é a vontade de encontrar novas formas que permitam reduzir as emissões.
A partir de 2020, as regras sobre emissões voltam a mudar. A União Europeia decretou que cada automóvel pode emitir até um máximo de 95 g/km – e vai haver multas pesadas para os incumpridores. Cada grama a mais pesará 95 euros às marcas, ainda que haja factores de ponderação, como por exemplo o peso, em que os mais pesados ganham vantagem sobre os mais leves, sendo menos penalizados.
Ainda assim, não se adivinham tempos fáceis. Para o CEO do Grupo PSA, Carlos Tavares, citado pela Reuters, será uma surpresa “se não tivermos algumas falências, considerando a amplitude da mudança que se aproxima”. Já o presidente da subsidiária Peugeot, Jean-Philippe Imparato, sublinhou, numa mesa-redonda em que o PÚBLICO esteve presente, por altura do Salão de Genebra, em Março deste ano, que “será possível pagar um ano, talvez dois”. “Ao terceiro, a marca morreu.” Por isso, afirmava: “Não tenciono pagar nem um tostão.”
Entre os protótipos apresentados agora em Frankfurt — onde são destaque as muitas ausências (mais de 20, como a Aston Martin, Mitsubishi, Nissan, Rolls-Royce, Suzuki, Toyota e Volvo) —, nota-se a preocupação com os tempos vindouros e, ao contrário do que sucedia até há uns anos, em que os concepts eram acima de tudo exercícios de estilo, hoje eles apresentam a visão das marcas para o futuro da mobilidade livre de emissões (ou com uma grande redução).
De acordo com a Reuters, a FEV Consulting, empresa alemã de consultoria na área da engenharia, estima que para se conseguir o objectivo traçado seja necessário vender o triplo dos carros elétricos que são comercializados hoje em dia e conseguir uma fatia de 5% do mercado para os híbridos de ligar à corrente.