Fumo dos fogos em Portugal e anticiclone criam “nuvem” que cobre Extremadura espanhola

Comunidade da Extremadura, que faz fronteira com Portugal, amanheceu este domingo coberta pelo fumo provenientes dos incêndios florestais.

Foto
A coluna de fumo dos incêndios em Portugal teve efeitos do outro lado da fronteira. Temperatura desceu quatro graus em alguns locais Paulo Pimenta

O fumo dos incêndios florestais em Portugal e as condições atmosféricas criaram uma “nuvem” que cobria hoje uma boa parte da Extremadura espanhola, informaram os serviços meteorológicos espanhóis.

Em declarações à agência espanhola EFE, o delegado territorial da Agência Estatal de Meteorologia (Aemet), Marcelino Núñez, indicou que a “nuvem” era bastante densa em certos locais, como por exemplo em las Vegas del Guadiana (Badajoz), provocando mesmo uma descida nas temperaturas locais até quatro graus.

Os serviços meteorológicos espanhóis esclareceram, no entanto, que os incêndios deste fim-de-semana em Portugal não são os únicos responsáveis por este cenário. A situação também se deve a condições atmosféricas de anticiclone e de altas pressões naquela zona geográfica, que, combinadas com o fumo, potenciam o efeito de “nuvem”.

A comunidade da Extremadura, que faz fronteira com Portugal, amanheceu este domingo coberta pelo fumo proveniente dos incêndios florestais registados este fim-de-semana no território português.

Transportado pelo vento, o fumo foi acompanhado por cinzas e um cheiro a queimado e condicionou os níveis de visibilidade. Segundo a EFE, uma “nuvem” mais densa estava a afectar várias cidades da zona como Badajoz, Cáceres e Mérida.