Morreu a actriz francesa Edith Scob

Tinha 81 anos e nos anos 90 filmou com o realizador português Pedro Costa.

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A actriz francesa Edith Scob, que fez teatro e cinema e trabalhou com realizadores como Georges Franju, Raoul Ruiz e Pedro Costa, morreu esta quarta-feira, em Paris, aos 81 anos, revelou o agente.

“De forma discreta, mas segura, o rosto magro e a figura frágil atravessaram o cinema francês”, escreveu a agência noticiosa France Press, a propósito da actriz, com 60 anos de representação.

Em 1958 fez a estreia nos palcos com a peça Don Juan, encenada por Georges Vitaly, e, no ano seguinte, com 22 anos, estreava-se no cinema em Os muros do desespero, de George Franju, pioneiro do cinema fantástico.

Nascida em Paris, em 1937, Edith Scob voltou a trabalhar com este realizador noutros filmes, nomeadamente O pecado de Teresa (1962) e Les Yeux sans visage/Olhos sem rosto (1960), que a popularizou e no qual tinha o rosto coberto por uma máscara.

A actriz, que nos anos 1960 fundou uma companhia de teatro vanguardista em Bagnolet, nos arredores de Paris, juntamente com o marido, o compositor Georges Aperghis, trabalhou ainda com Julien Duvivier, Andrzej Zulawski, Christophe Gans, Patrice Leconte, Olivier Assayas e Leo Carax ( em Holy Motors).

Outro dos realizadores com quem mais trabalhou foi Raoul Ruiz, em filmes como O Tempo Reencontrado (1998), Comédie de l'innocence (2000) e Le Domaine perdu (2005).

Edith Scob trabalhou ainda com o realizador português Pedro Costa no filme Casa de Lava, de 1995.

Nos palcos, Edith Scob participou em dramaturgias, entre outros, de Molière, Ibsen, Beckett, Racine, Shakespeare e Tchekhov.