Academia do Porto vai ter 200 estudantes a fiscalizar Queima das Fitas
Responsáveis do Ponto Lilás, agentes da PSP e 200 estudantes vão fiscalizar as actividades da Queima das Fitas do Porto, para combater qualquer violência sexual, de género e física.
A Federação Académica do Porto (FAP) avançou à Lusa que vai ter mais de 200 estudantes voluntários a fiscalizar o recinto da Queima das Fitas para combater, com “tolerância zero”, qualquer violência sexual, de género e física.
Em declarações à Lusa, o presidente da FAP, João Pedro Videira, explicou que está em marcha uma acção conjunta com os responsáveis do projecto anti-sexista Ponto Lilás, agentes da PSP e cerca de 200 elementos da comissão executiva para fiscalizar as actividades da Queima das Fitas, inclusivamente no recinto.
“Estudantes envolvidos são cerca de 200 na comissão executiva, todos eles voluntários, assim como a direcção da FAP”, acrescentou João Pedro Videira, explicando que, na noite de quarta-feira, foram tomadas diligências para encerrar três barracas que tinham sido alertadas reiteradamente por promoverem condutas que não são “os valores que estão imputados à Queima das Fitas do Porto”.
As várias sanções que a FAP avisa que vai poder aplicar vão desde uma “advertência”, a um “encerramento por um período temporal de horas”, passando pelo “encerramento de uma noite completa”, até ao “encerramento permanente da barraquinha que infrinja o regulamento”, perdendo em simultâneo o cheque caução e as credenciais para entrar no recinto.
“Qualquer venda de produto ou de bebida ou de um bem comercializado no recinto [da Queima das Fitas] que não esteja fixado no preçário disponível para toda a gente consultar nos pontos de vendas das barracas, qualquer coisa que seja alheia a isto e que divirja e não respeite o preçário são também situações que nós punimos, assim como a recolha de imagens e a violação da privacidade”, explica o presidente da FAP, apelando ao respeito da privacidade e dos direitos humanos.
Segundo um comunicado da FAP, foram observadas imagens captadas e posteriormente divulgadas por barracas instaladas no recinto de comportamentos indevidos ou indignos, que, segundo aquela federação, atentam em muitas vezes contra o respeito pelos valores humanos.
A FAP considerou necessário “proibir que tais situações continuem a acontecer” para combater o “discurso de ódio ou incentivo a qualquer tipo de violência”.
O Comando Metropolitano do Porto da PSP, em estreita articulação com a Câmara Municipal do Porto, a FAP, Polícia Municipal e empresas de transportes públicos, efectivou um plano de segurança. O plano visa garantir a todos os participantes nos eventos protecção, segurança, ordem e tranquilidade públicas, tanto nos locais das festividades como nas suas imediações, lê-se num comunicado divulgado hoje.
O plano vai ter uma quantidade “muito significativa de polícias e diferentes valências policiais, nomeadamente, ao nível da prevenção e reacção criminais, spotting (conciliadores), manutenção e reposição da ordem pública.
Para além do policiamento geral aos vários locais, o plano de segurança envolve a alocação de carros patrulha, pelotões operacionais, equipas de intervenção rápida e equipas da divisão de trânsito, entre outras.