São João da Madeira: novos bancos de jardim recriam lápis históricos da Viarco
A ideia de replicar modelos tradicionais da Viarco em mobiliário urbano começou já em 2018.
Lembra-se dos lápis bicolores em tom vermelho e azul da Viarco? E dos de tabuada com borracha rosa num dos extremos? Desde esta quinta-feira, se for habitante de São João da Madeira ou estiver de visita ao concelho, saiba que também já se pode sentar neles. As réplicas daqueles modelos históricos da Viarco servem agora também como mobiliário urbano: bancos em madeira e ferro, com 1,7 metros de comprimento, compostos pela união de 15 lápis aumentados.
A ideia de replicar modelos tradicionais da Viarco começou já em 2018, quando foi instalado o primeiro banco no Largo do Souto. “Nem nós próprios antecipávamos a repercussão e o impacto que este mobiliário está a ter desde o primeiro momento, e são muitos os pedidos para instalarmos os bancos nos mais diversos pontos da cidade, nomeadamente nos bairros e em escolas”, revela José Nuno Vieira, vereador e vice-presidente da autarquia. Por agora, os novos bancos vão ficar no largo ajardinado do Tribunal de São João da Madeira e no pátio exterior da Torre da Oliva, onde funciona o Welcome Center do Turismo Industrial, cujo programa integra visitas guiadas à Viarco, em contexto real de laboração.
“Pareceu-nos que fazia todo o sentido estabelecer esta parceria com a empresa [Viarco], para concretizar esta ideia de promoção da cidade, de valorização do espaço público e de divulgação do nosso património histórico e industrial”, diz José Nuno Vieira. Também para a única fábrica da Península Ibérica que ainda se dedica a este tipo de produção, a parceria é promissora: “É motivo de grande satisfação quando temos um parceiro com uma ideia de projecto que executa com os seus próprios recursos e para a qual obtém um grau de aprovação por parte da comunidade como aquele que estamos a ver”, assegura o administrador José Miguel Vieira.
Os bancos que reproduzem os lápis bicolores em tom vermelho e azul, lançados nos anos 30, e os de tabuada, comercializados desde a década de 60, vêm das mãos do carpinteiro Alberto Vieira e do pintor Manuel Monteiro Cunha.