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Maternidade: a “ansiedade e culpa” do regresso ao trabalho

Ana Huanca, 34 anos, a filha de seis semanas, Luciana, a filha mais velha, Anabel, de cinco anos, e o marido Luis Quaquira, de 44, mecânico de profissão, posam para o retrato na sua loja em La Paz, na Bolívia. Naquele país, as mães têm direito a 15 dias de licença nos dias que antecedem o parto e a 45 após terem dado à luz. Os pais têm direito a três dias de paragem. Mas uma vez que Ana e Luis são, à semelhança da maioria dos bolivianos, trabalhadores sem um vínculo oficial, não têm quaisquer benefícios. A mãe regressou ao trabalho duas semanas após o nascimento de Luciana e toma conta da bebé enquanto trabalha. Luis só parou no dia em que Luciana nasceu. REUTERS/David Mercado
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Ana Huanca, 34 anos, a filha de seis semanas, Luciana, a filha mais velha, Anabel, de cinco anos, e o marido Luis Quaquira, de 44, mecânico de profissão, posam para o retrato na sua loja em La Paz, na Bolívia. Naquele país, as mães têm direito a 15 dias de licença nos dias que antecedem o parto e a 45 após terem dado à luz. Os pais têm direito a três dias de paragem. Mas uma vez que Ana e Luis são, à semelhança da maioria dos bolivianos, trabalhadores sem um vínculo oficial, não têm quaisquer benefícios. A mãe regressou ao trabalho duas semanas após o nascimento de Luciana e toma conta da bebé enquanto trabalha. Luis só parou no dia em que Luciana nasceu. REUTERS/David Mercado

Ansiedade e culpa são apenas duas sensações sentidas pelas mães, em redor do mundo, no momento em que se vêem obrigadas a abandonar os seus filhos para regressarem ao trabalho. Há diferenças entre elas, porém. Se na Bielorrússia o nascimento de uma criança concede uma licença de maternidade paga que pode durar até três anos — e pode ser usufruída pelo pai, mãe, avó, avô ou mesmo por um cuidador externo à família —, na Holanda as mães podem ausentar-se do trabalho apenas durante 12 semanas (e os pais apenas cinco dias). Se na Grã-Bretanha o Estado garante a possibilidade de usufruto de um ano de licença de maternidade, nos Estados Unidos esse direito nem sequer vem contemplado na lei. Em Portugal, as mães podem gozar de uma licença de maternidade paga a 100% até aos quatro meses e verão o seu salário reduzido a 80% se optarem por mais 30 dias de paragem. Os pais portugueses têm direito a uma paragem de 15 dias úteis e a mais dez facultativos durante os primeiros 42 dias de vida do recém-nascido.

As variações entre países são inúmeras e, por vezes, surpreendentes, uma vez que a criação destas leis está relacionada com questões culturais e não com a capacidade económica dos próprios estados. As imagens desta fotogaleria são como uma viagem à volta do mundo e as legendas de cada uma são um retrato da realidade de cada país. O último relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre esta matéria, datado de 2017, concluiu que, em média, entre os países membros, as mães têm direito a 18 semanas de licença de maternidade paga.

Ferzanah Essack, 36 anos, e Hassan Essack, 37, são programadores de software. É o primeiro dia de regresso ao trabalho de Ferzanah, após quatro meses e meio de licença de parto. A lei laboral da África do Sul permite à mãe uma licença de quatro meses, além de quatro semanas de paragem (duas pagas e duas sem vencimento). Hassan tirou dez dias de licença, aquilo que é permitido por lei. Ferzanah sente ansiedade por deixar a bebé Salma entregue aos avós. “Irei sobreviver”, suspira.
Ferzanah Essack, 36 anos, e Hassan Essack, 37, são programadores de software. É o primeiro dia de regresso ao trabalho de Ferzanah, após quatro meses e meio de licença de parto. A lei laboral da África do Sul permite à mãe uma licença de quatro meses, além de quatro semanas de paragem (duas pagas e duas sem vencimento). Hassan tirou dez dias de licença, aquilo que é permitido por lei. Ferzanah sente ansiedade por deixar a bebé Salma entregue aos avós. “Irei sobreviver”, suspira. REUTERS/Sumaya Hisham
Evelin Naranjo, educadora infantil de 31 anos, é retratada com a filha de um ano Victoria. Em Cuba, a licença de maternidade tem a duração de um ano e pode ser usada pela mãe ou pelo pai. Evelin parou durante 52 semanas. “É um grande sacrifício, para mim, afastar-me da minha filha devido ao trabalho, mas faço-o por ela”, disse à Reuters.
Evelin Naranjo, educadora infantil de 31 anos, é retratada com a filha de um ano Victoria. Em Cuba, a licença de maternidade tem a duração de um ano e pode ser usada pela mãe ou pelo pai. Evelin parou durante 52 semanas. “É um grande sacrifício, para mim, afastar-me da minha filha devido ao trabalho, mas faço-o por ela”, disse à Reuters. REUTERS/Fernando Medina
Peiru NG, 32 anos, posa ao lado do marido, Kenny Lee. Ela é representante de uma empresa e ele gestor financeiro de outra. Têm dois filhos: Faith, de dois anos e meio, e Scott, de 12 semanas. Em Singapura, as mães podem usufruir de 16 semanas de licença de maternidade, os pais gozam apenas de duas semanas. Peiru decidiu regressar mais cedo ao trabalho por se tratar de uma época muito agitada na empresa. “Trabalhar é como tirar tempo para mim”, disse à Reuters. “Sinto que o trabalho faz de mim uma melhor mãe.” Kenny parou apenas cinco dias, apesar de a empresa onde trabalha lhe permitir uma paragem de dois meses.
Peiru NG, 32 anos, posa ao lado do marido, Kenny Lee. Ela é representante de uma empresa e ele gestor financeiro de outra. Têm dois filhos: Faith, de dois anos e meio, e Scott, de 12 semanas. Em Singapura, as mães podem usufruir de 16 semanas de licença de maternidade, os pais gozam apenas de duas semanas. Peiru decidiu regressar mais cedo ao trabalho por se tratar de uma época muito agitada na empresa. “Trabalhar é como tirar tempo para mim”, disse à Reuters. “Sinto que o trabalho faz de mim uma melhor mãe.” Kenny parou apenas cinco dias, apesar de a empresa onde trabalha lhe permitir uma paragem de dois meses. REUTERS/Feline Lim
Jenny Shrestha, bancária de 34 anos, é fotografada junto do marido, Ashish, do filho de três meses, Aayan, e do filho mais velho, Aayusgm, de sete anos. Jenny regressou ao trabalho, em Katmandu, no Nepal, passados dois meses de licença de maternidade (e Ashish após dez dias). “Sinto-me triste porque sou muito ligada ao meu filho e é muito difícil deixá-lo”, disse à Reuters. “Acho que deveria ter direito, pelo menos, a seis meses de licença.”
Jenny Shrestha, bancária de 34 anos, é fotografada junto do marido, Ashish, do filho de três meses, Aayan, e do filho mais velho, Aayusgm, de sete anos. Jenny regressou ao trabalho, em Katmandu, no Nepal, passados dois meses de licença de maternidade (e Ashish após dez dias). “Sinto-me triste porque sou muito ligada ao meu filho e é muito difícil deixá-lo”, disse à Reuters. “Acho que deveria ter direito, pelo menos, a seis meses de licença.” REUTERS/Navesh Chitrakar
Itziar Rufo Lopez, de 42 anos, que trabalha no departamento de comunicação de uma empresa, posa junto do marido Manuel Blazquez, de 41 anos. O filho de ambos, Asie, tem cinco meses e meio. Em Espanha, a licença de maternidade tem a duração de 16 semanas. Rufo aproveitou para usufruir do período de férias e do horário especial de amamentação. “Na minha opinião, deveria durar um ano”, disse à Reuters. “Quando o bebé começa a interagir, a sorrir de volta, é quando temos de começar a trabalhar.”
Itziar Rufo Lopez, de 42 anos, que trabalha no departamento de comunicação de uma empresa, posa junto do marido Manuel Blazquez, de 41 anos. O filho de ambos, Asie, tem cinco meses e meio. Em Espanha, a licença de maternidade tem a duração de 16 semanas. Rufo aproveitou para usufruir do período de férias e do horário especial de amamentação. “Na minha opinião, deveria durar um ano”, disse à Reuters. “Quando o bebé começa a interagir, a sorrir de volta, é quando temos de começar a trabalhar.” REUTERS/Susana Vera
Marlena Mucha, 31 anos, posa com o marido, Wojciech Flakiewicz, 39, e os dois filhos Borys e Julek, de quatro e um ano, respectivamente, no seu apartamento em Varsóvia. Esteve 52 semanas de licença de maternidade, período durante o qual teve direito a 80% do seu rendimento. O pai teve direito a apenas quatro semanas de licença paga, apesar de poder repartir o tempo que é atribuído a Marlena. “Durante o primeiro mês, trabalharei entre quatro e cinco horas por dia. O processo de deixar o meu filho será gradual e terei tempo de me habituar. É muito difícil, no início, para mim e para ele”, disse Marlena à Reuters.
Marlena Mucha, 31 anos, posa com o marido, Wojciech Flakiewicz, 39, e os dois filhos Borys e Julek, de quatro e um ano, respectivamente, no seu apartamento em Varsóvia. Esteve 52 semanas de licença de maternidade, período durante o qual teve direito a 80% do seu rendimento. O pai teve direito a apenas quatro semanas de licença paga, apesar de poder repartir o tempo que é atribuído a Marlena. “Durante o primeiro mês, trabalharei entre quatro e cinco horas por dia. O processo de deixar o meu filho será gradual e terei tempo de me habituar. É muito difícil, no início, para mim e para ele”, disse Marlena à Reuters. REUTERS/Kacper Pempel
Nahla Mohamed Abdel Rahman tem no colo o filho de três meses, Younis, e juntos posam para o retrato em casa, no Cairo, Egipto. Nahia tirou três meses de licença de maternidade. O marido, Ahmed Saleh Sobhie, não fez qualquer paragem. De acordo com a lei egípcia, as mães podem tirar entre três e quatro meses de licença, que se pode estender até aos dois anos se não for paga. Os pais não têm quaisquer direitos. “Tenho sempre medo de deixar Younis”, desabafa. “Ainda é complicado controlar o sono e a alimentação do bebé, motivo pelo qual ligo continuamente à minha irmã Heba, que cuida do Younis, para me certificar de que está tudo bem.” Crê que seria melhor para todos se o período de licença se estendesse até aos seis meses. “Nessa altura, os bebés começam a comer e não dependem totalmente do leite materno.”
Nahla Mohamed Abdel Rahman tem no colo o filho de três meses, Younis, e juntos posam para o retrato em casa, no Cairo, Egipto. Nahia tirou três meses de licença de maternidade. O marido, Ahmed Saleh Sobhie, não fez qualquer paragem. De acordo com a lei egípcia, as mães podem tirar entre três e quatro meses de licença, que se pode estender até aos dois anos se não for paga. Os pais não têm quaisquer direitos. “Tenho sempre medo de deixar Younis”, desabafa. “Ainda é complicado controlar o sono e a alimentação do bebé, motivo pelo qual ligo continuamente à minha irmã Heba, que cuida do Younis, para me certificar de que está tudo bem.” Crê que seria melhor para todos se o período de licença se estendesse até aos seis meses. “Nessa altura, os bebés começam a comer e não dependem totalmente do leite materno.” REUTERS/Hayam Adel
Gabriela Rodriguez e Cesar Dacchille, de 42 e 46 anos, respectivamente, posam para o retrato com o filho de seis meses Gianluca no apartamento de Gabriela em Caracas, Venezuela. Antes do parto, as venezuelanas têm direito a seis semanas de paragem e após o nascimento do filho podem parar por um período de 20 semanas. Para o pai, a licença tem a duração de duas semanas. “Há dois tipos de dificuldade. A primeira é fisiológica e a segunda é psicológica. Sinto que estou a abandonar o meu filho, uma vez que sempre dependeu de mim nos últimos seis meses”, desabafa à Reuters. “Deixá-lo ao cuidado da minha mãe é difícil, mas hei-de habituar-me.”
Gabriela Rodriguez e Cesar Dacchille, de 42 e 46 anos, respectivamente, posam para o retrato com o filho de seis meses Gianluca no apartamento de Gabriela em Caracas, Venezuela. Antes do parto, as venezuelanas têm direito a seis semanas de paragem e após o nascimento do filho podem parar por um período de 20 semanas. Para o pai, a licença tem a duração de duas semanas. “Há dois tipos de dificuldade. A primeira é fisiológica e a segunda é psicológica. Sinto que estou a abandonar o meu filho, uma vez que sempre dependeu de mim nos últimos seis meses”, desabafa à Reuters. “Deixá-lo ao cuidado da minha mãe é difícil, mas hei-de habituar-me.” REUTERS/Carlos Barria
Tatiana Barcellos e o marido, Marcelo Valenca, são pais de Alice, uma menina de oito meses. Ela é funcionária pública, ele é instrutor de navegação marítima e vivem no Rio de Janeiro, no Brasil. Para mães que trabalhem no sector público, a licença estende-se por um período de 120 a 180 dias. Os pais têm direito apenas a cinco dias. “Acho que as mães deveriam ter, pelo menos, um ano de licença, tendo em conta as necessidades de desenvolvimento da criança”, disse Tatiana à agência Reuters.
Tatiana Barcellos e o marido, Marcelo Valenca, são pais de Alice, uma menina de oito meses. Ela é funcionária pública, ele é instrutor de navegação marítima e vivem no Rio de Janeiro, no Brasil. Para mães que trabalhem no sector público, a licença estende-se por um período de 120 a 180 dias. Os pais têm direito apenas a cinco dias. “Acho que as mães deveriam ter, pelo menos, um ano de licença, tendo em conta as necessidades de desenvolvimento da criança”, disse Tatiana à agência Reuters. REUTERS/Pilar Olivares
Natalia Segredo, advogada, o marido, Mathias Moscardi, e Alfonsina, a filha de três meses, posam para a fotografia em Montevideu, no Uruguai. A mãe regressou ao trabalho após 98 dias de licença de maternidade paga. “Voltar ao trabalho deixa-me insegura e ansiosa. Não sei como a minha filha irá reagir à minha ausência, o que me causa angústia; sinto insegurança por poder, a qualquer momento, deixar de produzir leite. Tenho medo que a bebé sinta que estou a abandoná-la.”
Natalia Segredo, advogada, o marido, Mathias Moscardi, e Alfonsina, a filha de três meses, posam para a fotografia em Montevideu, no Uruguai. A mãe regressou ao trabalho após 98 dias de licença de maternidade paga. “Voltar ao trabalho deixa-me insegura e ansiosa. Não sei como a minha filha irá reagir à minha ausência, o que me causa angústia; sinto insegurança por poder, a qualquer momento, deixar de produzir leite. Tenho medo que a bebé sinta que estou a abandoná-la.” REUTERS/Andres Stapff
Blanca Eschbach, psicóloga de 32 anos, posa com a filha Olívia após uma pausa de dez semanas do trabalho, em San Antonio, Texas, nos Estados Unidos. O marido, Jonathan, de 30 anos, trabalha na Home Depot. “Começo agora a conhecê-la, à sua rotina e aos seus sinais. É neste momento que sou forçada a regressar ao trabalho e entregá-la a estranhos para que me ajudem a criá-la. Tenho a sensação de estar a perder momentos muito importantes da vida dela.” Os Estados Unidos são o único país industrializado que não garante licença de maternidade paga aos seus cidadão, de acordo com a OCDE, o que obriga as famílias a tomar decisões difíceis que podem resultar em períodos de grande carência económica.
Blanca Eschbach, psicóloga de 32 anos, posa com a filha Olívia após uma pausa de dez semanas do trabalho, em San Antonio, Texas, nos Estados Unidos. O marido, Jonathan, de 30 anos, trabalha na Home Depot. “Começo agora a conhecê-la, à sua rotina e aos seus sinais. É neste momento que sou forçada a regressar ao trabalho e entregá-la a estranhos para que me ajudem a criá-la. Tenho a sensação de estar a perder momentos muito importantes da vida dela.” Os Estados Unidos são o único país industrializado que não garante licença de maternidade paga aos seus cidadão, de acordo com a OCDE, o que obriga as famílias a tomar decisões difíceis que podem resultar em períodos de grande carência económica. REUTERS/Callaghan O'Hare
Natalia Bulgakova, 31, advogada, e o seu marido, Anatoly, têm um filho de sete meses chamado Gleb. Vivem em Moscovo, na Rússia. Natália goza de licença de maternidade há nove meses e regressará em meados de Março. “É agradável voltar a fazer tudo o que fazia antes do nascimento do Gleb, voltar ao meu ritmo normal.” Na Rússia, as mães podem gozar até três anos de licença — e essa pode ser reclamada por qualquer familiar, seja mãe, pai, avó, avô ou mesmo um guardião legal. A licença é paga pelo empregador, ressarcido pelo Estado posteriormente. Durante esse período, o empregador é obrigado a manter o posto de trabalho de quem cuidar da criança.
Natalia Bulgakova, 31, advogada, e o seu marido, Anatoly, têm um filho de sete meses chamado Gleb. Vivem em Moscovo, na Rússia. Natália goza de licença de maternidade há nove meses e regressará em meados de Março. “É agradável voltar a fazer tudo o que fazia antes do nascimento do Gleb, voltar ao meu ritmo normal.” Na Rússia, as mães podem gozar até três anos de licença — e essa pode ser reclamada por qualquer familiar, seja mãe, pai, avó, avô ou mesmo um guardião legal. A licença é paga pelo empregador, ressarcido pelo Estado posteriormente. Durante esse período, o empregador é obrigado a manter o posto de trabalho de quem cuidar da criança. REUTERS/Maxim Shemetov
Lucie Sol, de 32 anos, assistente social, o namorado, Rudie Jonkmans, de 34, cozinheiro, e a filha de ambos, Lena Amelie, posam para a fotografia em Purmerend, na Holanda. Naquele país, a licença de maternidade tem 10 a 12 semanas de duração. “É uma loucura”, disse Lucie à Reuters. “Após 10 a 12 semanas eu começava apenas a habituar-me a amamentar e o meu mundo estava de pernas para o ar.” Lucie acabou por tirar três meses de licença sem vencimento para complementar. Rudie teve direito, oficialmente, a dois dias de licença parental, mas ausentou-se do trabalho cerca de três semanas, aproveitando um período de férias que tinha por gozar. A licença de paternidade foi, recentemente, estendida para cinco dias. “A Holanda é um país avançado e rico em muitos aspectos, mas não no que concerne a licenças de parentalidade”, desabafa Lucie.
Lucie Sol, de 32 anos, assistente social, o namorado, Rudie Jonkmans, de 34, cozinheiro, e a filha de ambos, Lena Amelie, posam para a fotografia em Purmerend, na Holanda. Naquele país, a licença de maternidade tem 10 a 12 semanas de duração. “É uma loucura”, disse Lucie à Reuters. “Após 10 a 12 semanas eu começava apenas a habituar-me a amamentar e o meu mundo estava de pernas para o ar.” Lucie acabou por tirar três meses de licença sem vencimento para complementar. Rudie teve direito, oficialmente, a dois dias de licença parental, mas ausentou-se do trabalho cerca de três semanas, aproveitando um período de férias que tinha por gozar. A licença de paternidade foi, recentemente, estendida para cinco dias. “A Holanda é um país avançado e rico em muitos aspectos, mas não no que concerne a licenças de parentalidade”, desabafa Lucie. REUTERS/Eva Plevier
Alesya Rutsevich, 28, e o marido, Pyotr, da mesma idade, têm um filho de três anos chamado Daniil e vivem em Minsk, Bielorrússia. De acordo com a lei, as mães podem parar 70 dias antes do nascimento da criança e 56 após. É possível, no entanto, que qualquer membro da família usufrua de licença paga até três anos após o nascimento da criança. Alesya assim fez. “Queria dar continuidade à minha actividade profissional, não queria ser apenas uma mãe”, confessou à Reuters. “Mas tive muito medo e algumas dúvidas relativamente ao meu regresso ao trabalho. Mas acho que três anos é suficiente para criar a criança até desenvolver hábitos básicos.”
Alesya Rutsevich, 28, e o marido, Pyotr, da mesma idade, têm um filho de três anos chamado Daniil e vivem em Minsk, Bielorrússia. De acordo com a lei, as mães podem parar 70 dias antes do nascimento da criança e 56 após. É possível, no entanto, que qualquer membro da família usufrua de licença paga até três anos após o nascimento da criança. Alesya assim fez. “Queria dar continuidade à minha actividade profissional, não queria ser apenas uma mãe”, confessou à Reuters. “Mas tive muito medo e algumas dúvidas relativamente ao meu regresso ao trabalho. Mas acho que três anos é suficiente para criar a criança até desenvolver hábitos básicos.” REUTERS/Vasily Fedosenko