Fotografia
Maternidade: a “ansiedade e culpa” do regresso ao trabalho
Ansiedade e culpa são apenas duas sensações sentidas pelas mães, em redor do mundo, no momento em que se vêem obrigadas a abandonar os seus filhos para regressarem ao trabalho. Há diferenças entre elas, porém. Se na Bielorrússia o nascimento de uma criança concede uma licença de maternidade paga que pode durar até três anos — e pode ser usufruída pelo pai, mãe, avó, avô ou mesmo por um cuidador externo à família —, na Holanda as mães podem ausentar-se do trabalho apenas durante 12 semanas (e os pais apenas cinco dias). Se na Grã-Bretanha o Estado garante a possibilidade de usufruto de um ano de licença de maternidade, nos Estados Unidos esse direito nem sequer vem contemplado na lei. Em Portugal, as mães podem gozar de uma licença de maternidade paga a 100% até aos quatro meses e verão o seu salário reduzido a 80% se optarem por mais 30 dias de paragem. Os pais portugueses têm direito a uma paragem de 15 dias úteis e a mais dez facultativos durante os primeiros 42 dias de vida do recém-nascido.
As variações entre países são inúmeras e, por vezes, surpreendentes, uma vez que a criação destas leis está relacionada com questões culturais e não com a capacidade económica dos próprios estados. As imagens desta fotogaleria são como uma viagem à volta do mundo e as legendas de cada uma são um retrato da realidade de cada país. O último relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre esta matéria, datado de 2017, concluiu que, em média, entre os países membros, as mães têm direito a 18 semanas de licença de maternidade paga.