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Robert Schwarz filma as auroras que a Antárctida lhe dá
A combinação de manchas verdes, vermelhas e amarelas a pairar sobre o ar pode, às vezes, parecer magia. Mas, na verdade, é um dos fenómenos físicos naturais mais populares do planeta: as auroras polares. Durante os últimos anos, com a Via Láctea como cenário e munido de equipamentos adequados para combater os ventos fortes e o ar seco do local, o astrofísico alemão Robert Schwarz captou as auroras austrais a partir da estação no Pólo Sul Amundsen–Scott, uma base de investigação americana na Antárctida. O vídeo mais recente, produzido pela Timestorm Films e destacado nas Staff Picks do Vimeo, é composto por filmagens em timelapse feitas pelo astrofísico no Inverno de 2014 e presenteia o espectador com um espectáculo de jogos de luzes e cores durante quase seis minutos.
Viver seis meses em completa escuridão e com temperaturas que atingem os 70 graus Celsius negativos pode não ser propriamente cativante para toda a gente, mas parece ser o cenário ideal para Schwarz. Nos últimos 22 anos, o astrofísico passou 14 invernos na estação no Pólo Sul. Ocupa, por isso, um lugar único na História: nunca ninguém esteve tanto tempo no hemisfério Sul do planeta. Entre experiências e observações com o telescópio Keck Array, Schwarz tem partilhado vídeos na sua página do Facebook South Pole Skies dos momentos mais extraordinários no Pólo Sul, um "lugar absolutamente incrível", diz.
Este ano será o último Inverno do astrofísico na Antárctida. "Mal posso esperar para dar ao Martin Heck [da Timestorm Films] o resto das minhas filmagens no próximo ano", diz Schwarz, em jeito de promessa por mais vídeos que nos aproximem das mágicas auroras. Por cá também há um "caçador de auroras" português.