Sócrates janta no Porto com militantes do PS

Quase à mesma hora, Pedro Nuno Santos marca presença, no Porto, num debate, promovido pela secção de Ramalde.

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José Sócrates num almoço em Setembro de 2016 com apoiantes, em Lisboa lm miguel manso

O antigo secretário-geral socialista, José Sócrates, reúne-se nesta sexta-feira com um grupo de militantes do PS e alguns amigos fora do partido num jantar, marcado para um restaurante do Porto.

O repasto chegou estar agendado para esta quarta-feira, mas viria a ser adiado dois dias por razões de agenda de José Sócrates, que se desfiliou do Partido Socialista em 2018.

“O jantar não tem um carácter conspirativo”, afirma fonte socialista, revelando que a ideia foi “juntar algumas pessoas amigas de José Sócrates, umas são do PS, outras não são”. O PÚBLICO sabe que algumas pessoas do partido que foram convidadas recusaram. Em Outubro, Sócrates jantou com um grupo de socialistas do Porto e nele participaram, entre outras pessoas, Renato Sampaio e Fernando Jesus, dois deputados do PS.

Na altura, Renato Sampaio, amigo pessoal do antigo primeiro-ministro, fez questão de se desmarcar da organização da iniciativa, que juntou quatro dezenas de comensais, e destas apenas uma não tinha cartão do PS. Para além de Renato Sampaio, actual líder da concelhia portuense, participaram no repasto alguns presidentes de secções do partido, politicamente alinhados com Renato e que foram importantes para a sua eleição como presidente do PS-Porto.

Quase à mesma hora do jantar desta sexta-feira, o dirigente nacional, Pedro Nuno Santos, participa num debate interno sobre O socialismo e a social-democracia na Europa do século XXI, organizado pela secção de Ramalde. A organização sabe da realização do jantar de Sócrates com militantes e simpatizantes do partido e ter-se-á empenhado em ter casa cheia para receber Pedro Nuno Santos, apontado como o provável sucessor de António Costa na liderança do PS.

O antigo secretário-geral do PS está envolvido na Operação Marquês e a fase de instrução do processo começa na segunda-feira. O processo Operação Marquês envolve 28 arguidos - 19 pessoas e nove empresas -, incluindo o antigo primeiro-ministro, José Sócrates, acusado de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada.

Vários dos 19 arguidos que pediram a abertura da fase de instrução do processo, nomeadamente José Sócrates, Carlos Santos Silva e Armando Vara, invocaram nulidades e refutaram os crimes económico-financeiros de que estão acusados.

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