Henrique de Orléans, conde de Paris e pretendente ao extinto trono francês, morreu nesta segunda-feira – exactamente 226 anos depois de Luís XVI, seu primo distante, ter sido guilhotinado em Paris. A morte, aos 85 anos, foi anunciada no Facebook pelo seu filho Jean.
Henrique teve ambições reais, mas o movimento para restaurar a monarquia em França diminuiu progressivamente desde os anos que antecederam a Segunda Guerra.
Recorde-se que a França derrubou a monarquia com a revolução de 1789, restaurando-a brevemente após a queda de Napoleão. O último rei francês, Louis Philippe, foi deposto em 1848.
Num artigo de opinião publicado no Le Figaro, em Outubro, Jean de Orleães, o filho, criticou a Constituição francesa, pedindo “mudanças” no papel de chefe de Estado, mas não reclamando a abolição da República.
“O papel do árbitro, que é mantido pelo chefe de Estado na nossa tradição de mil anos, não é realizado de forma eficaz. Não é de surpreender, portanto, que os franceses, que valorizam os símbolos políticos, votem em cada eleição presidencial para rejeitar ao invés de para aprovar”, escreveu.