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O anúncio contra a “masculinidade tóxica” que fez alguns homens pousar a Gillette
"Bullying. Assédio sexual. Masculinidade tóxica." A Gillette transformou o seu slogan de sempre numa provocação: "Is this the best a man can get?" — "É isto o melhor que um homem consegue?", numa tradução livre. E alguns activistas pelos direitos dos homens não gostaram da pergunta. Após o lançamento do anúncio publicitário, a 13 de Janeiro, vários clientes garantiram no Twitter que iriam boicotar a marca de produtos de barbear (um deles bem conhecido, o jornalista britânico Piers Morgan). No YouTube, o vídeo que expõe imagens de sexismo em programas de televisão e em reuniões de negócios, bem como cenas de violência entre rapazes, conta com 233 mil dislikes, contra apenas 30 mil likes.
Algum do descontentamento expresso em comentários nas redes sociais prende-se com a escolha do realizador. Por esta ser, precisamente, uma mulher: Kim Gehrig, a premiada realizadora inglesa que também dirigiu, recentemente, o anúncio Viva La Vulva. Outros dizem simplesmente: "Deixem os homens ser homens".
A marca, que também tem produtos direccionados a mulheres, diz que o anúncio integra um desejo maior da empresa de promover versões "inclusivas, positivas e saudáveis do que significa ser um homem". Para isto, vão doar um milhão por ano, durante três anos, a organizações sem fins lucrativos com programas desenhados para inspirar, educar e ajudar homens de todas as idades a tornarem-se modelos a seguir para a próxima geração". E deixou uma promessa: "A partir de hoje, comprometemo-nos a desafiar activamente os estereótipos e expectactivas do que significa ser um homem em todo o lado que se vir Gillette. Nos nossos anúncios, nas imagens que publicámos nas redes sociais, nas palavras que escolheremos e muito mais."