PAN questiona Governo sobre médico afastado do INEM
Partido enviou perguntas ao Ministério da Cultura. Quer saber se médico esteve ou não na tourada, lembrando que a presença de uma equipa médica é obrigatória.
O PAN questionou esta quinta-feira o Governo sobre a presença ou não numa tourada do médico que foi afastado do INEM. Numa pergunta dirigida ao Ministério da Cultura, o partido relembra que o cirurgião de Évora afirmou numa entrevista à SIC que assinou os relatórios de ocorrências do espectáculo, obrigatórios por lei, mas que não esteve presente no evento.
“O referido médico recusou-se a transportar uma doente em Évora justificando essa impossibilidade com motivos de doença quando alegadamente estaria efectivamente a assistir a uma tourada. Face a esta acusação, António Peças, médico que supostamente deveria acompanhar um espectáculo tauromáquico para o qual foi contratado, admitiu numa entrevista televisiva que deu o aval ao promotor do referido espectáculo para abrir as portas do recinto, havendo desde logo assinado ambos os relatórios de ocorrências (o de início e o de fim da corrida), sem, contudo, ter assistido à corrida de touros”, refere o comunicado do PAN.
Na mesma nota, o partido lembra que Regulamento do Espectáculo Tauromáquico refere que em todos os espectáculos tem de estar assegurada a presença de uma ambulância e de uma equipa de reanimação, constituída por médico e enfermeiro. “Com a confissão do referido médico torna-se evidente um claro e patente atropelo a premissas legais.”
Nas perguntas enviadas ao Ministério da Cultura, o PAN pergunta se a Inspecção-Geral das Actividades Culturais, tem conhecimento dos factos relatados e se António Peças foi ou não o médico da tourada. “A verificar-se que António Peças seria o médico de prevenção ao espectáculo, não havendo assistido ao mesmo, quais serão as consequências para o promotor e para o médico em causa”, pergunta ainda.