Jardim Botânico Tropical vai fechar para "obras de reabilitação extensivas"
Espaço verde de Lisboa deverá encerrar durante nove meses. No final da intervenção, haverá uma nova área para visitar no jardim e serão repostas espécies ameaçadas.
O Jardim Botânico Tropical, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, fechará para obras de reabilitação a partir da próxima segunda-feira, dia 7. A intervenção, que deverá estender-se por nove meses, irá dedicar-se, numa primeira fase, de acordo com o comunicado enviado às redacções, à reabilitação de “infra-estruturas básicas como os caminhos, condutas de água, de rega e energia nos edifícios”.
Em função do curso das obras, "partes do jardim poderão reabrir ao público dentro de quatro meses", refere o documento.
Na mesma nota, fonte do gabinete do reitor da Universidade de Lisboa, instituição que gere o espaço desde 2015, avança que serão “repostas várias espécies botânicas ameaçadas, como as palmeiras” e que, no final da reabilitação que qualificam de “extensiva”, o espaço terá uma nova área visitável: o Jardim dos Cactos, que se encontra encerrado há várias décadas.
A intervenção no espaço verde de interesse científico da capital, com cerca de sete hectares, será a primeira registada desde 1940. O jardim é essencialmente constituído por espécies exóticas, cuja plantação se destinou ao estudo da flora das antigas colónias portuguesas.
O Palácio Calheta, situado no topo norte do jardim, foi mandado construir durante o século XVIII, sendo esses terrenos mais tarde adquiridos por D. João V, que os transformou profundamente.
Em 1940, o Palácio foi a casa da Secção Colonial, pertencente à Exposição do Mundo Português. Em 2007, o terreno onde se insere o jardim foi classificado como Monumento Nacional.
Em 2015, na sequência do processo de fusão do Instituto de Investigação de Ciência Tropical com a Universidade de Lisboa, o Jardim Botânico Tropical passou a integrar o património da instituição de ensino superior.