Buscas na pedreira de Borba continuam esta quinta-feira com mais meios

Operações devem prolongar-se por vários dias. Três pessoas continuam desaparecidas.

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Nuno Ferreira Santos

As tréguas da chuva e a instalação de uma motobomba para drenagem de água deram, esta quarta-feira, uma oportunidade aos mergulhadores da força especial de bombeiros. Ainda assim, não foi possível resgatar o corpo da segunda vítima mortal confirmada, nem localizar as três pessoas dadas como desaparecidas na sequência da derrocada do troço da estrada entre Borba e Vila Viçosa, na segunda-feira. A operação, de grande complexidade, continua esta quinta-feira e deverá prolongar-se por vários dias.

As buscas, suspensas esta quarta-feira ao final da tarde, são retomadas quinta-feira de manhã. Desta vez com o auxílio de uma motobomba com o triplo da capacidade daquela que esta quarta-feira e durante toda a noite continuará a bombear água do enorme lago formado no fundo da pedreira. Em simultâneo, continuam as operações de busca pelos três desaparecidos, que seguiriam numa carrinha e no carro no momento em que a estrada municipal se abateu desfazendo-se para dentro da pedreira.

Nestas operações será usado novo equipamento, nomeadamente da Marinha, que permitirá às equipas “ter uma análise mais pormenorizada do fundo da pedreira” e porventura identificar uma das viaturas, informou o comandante distrital de Operações de Socorro de Évora, José Ribeiro, no ponto de situação às 20h desta quarta-feira. Para agilizar o apoio aos operacionais, a Câmara de Borba accionou o plano municipal de emergência.

No local estiveram agentes da Polícia Judiciária, que coadjuva o Ministério Público no inquérito que este instaurou. E ainda inspectores da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, a quem a tutela deu 45 dias para inspeccionar o licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras de Borba.

A derrocada afectou ainda o abastecimento de água a Vila Viçosa, onde nas zonas altas se nota falta de pressão nas torneiras. A câmara está a “resolver a situação”, disse o autarca Luís Nascimento, apelando à população que restrinja o consumo de água ao estritamente essencial.

O funeral da única vítima retirada do local, um operário de 49 anos da empresa que explora a pedreira, realizou-se esta quarta-feira, no concelho de Alandroal.

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