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A maior ponte do mundo abre esta terça-feira mas nem todos a podem utilizar
Tem 55 quilómetros, serpenteia como uma cobra e liga Macau, Hong Kong e a China continental. A maior ponte marítima do mundo é inaugurada nesta terça-feira numa cerimónia que deverá contar com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping.
A ponte demorou nove anos a ser construída e custou 20 mil milhões de dólares (17 mil milhões de euros). Apesar do forte investimento na construção da infraestrutura, esta não será acessível a qualquer pessoa.
Devido às diferentes regras de trânsito de cada território (em Hong Kong guia-se pela esquerda, à inglesa) e de modo a travar migrações descontroladas, a condução na ponte está dependente da posse de uma autorização. E para obter essa autorização, os candidatos terão de já ter pago um determinado valor em impostos ao Governo chinês, "trabalhar numa reconhecida empresa tecnológica" ou já ter feito um donativo no valor de cinco milhões de dólares a uma instituição de caridade.
A construção da ponte não foi consensual. As vozes mais críticas consideram a infraestrutura "desnecessária" e uma ferramenta de "propaganda" de Pequim. Já alguns grupos de ambientalistas culpam a sua construção pela queda do número de golfinhos-brancos na região, uma espécie já ameaçada. É, ironicamente, essa espécie, que as torres da ponte visam homenagear através do seu design.