No meio de um campo de milho, um escritório com várias caras

João Morgado
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João Morgado

Por entre uma vasta área agrícola, repleta de milho, ergueram-se três paralelepípedos e um cilindro. É o escritório do arquitecto Nelson Resende, projectado pelo próprio, em Arada, Ovar, onde vive há uma década. 

“O objectivo passava por criar um equilíbrio justo entre o que se pretende e o que não se pretende”, começa por dizer o arquitecto em conversa com o P3. Por um lado, Nelson queria que o edifício tivesse um estilo autónomo, para que não fosse absorvido pela paisagem envolvente. “É um ambiente rural, sofre várias mutações, quer devido às estações do ano, quer devido aos tipos de cultivo”, explica. A construção teria, por isso, de ter “um perfil afirmativo”, que não estivesse “dependente das áreas circundantes”. Por outro lado, o arquitecto não queria que o seu futuro escritório fosse um “elefante branco” que “chocasse” com a paisagem. Com este intuito, pintou-o de bege, de modo a aproveitar a luz de "um edifício que está destapado”.

"Acho que conseguimos atingir o ponto certo", confessa. Se as formas geométricas asseguram um estilo equilibrado no exterior, a maneira como foram dispostas permite que quem percorra o interior tenha diferentes perspectivas do que se passa lá fora — é como se a paisagem se transfigurasse. “Quando nos deslocamos dentro do edifício sentimos um ambiente de mudança, é um edifício que vai tendo caras diferentes”, revela o arquitecto. Sempre com “dinamismo", sem ficar “ali apaziguado”. 

É a forma de Nelson Resende, que já trabalha no escritório novo, não se aborrecer do edofício. As fotografias da galeria são da autoria de João Morgado.

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