Fotogaleria
Na Coreia do Norte, os Kim levam-se ao peito. É lei
A cara dos líderes estão por todo o lado: desde crachás que os norte-coreanos são obrigados a envergar ao peito até aos retratos dos líderes nas carruagens do metro.
Quando se aterra no Aeroporto Internacional de Pyongyang, os retratos enormes de Kim Il-sung chamam à atenção até dos menos curiosos. Milhões de retratos, mosaicos e pinturas do fundador da Coreia do Norte e do seu filho Kim Jong-il, pai do actual líder da ditadura, lembram todos os dias aos cidadãos o papel central da dinastia Kim na história norte-coreana.
Estão em todo o lado: prédios, estações de metro, hospitais, escolas, fábricas ou até mesmo em espaços privados, como salas de estar de apartamentos. Os retratos devem ser colocados num local elevado para que nenhuma imagem apareça acima das dos líderes, explicam os guias que acompanham as visitas dos jornalistas e turistas.
À medida que escurece em Pyongyang, os retratos gigantes vão sendo iluminados nos vários edifícios.
O culto aos Kim vai mais longe. Sempre que um rapaz ou rapariga faz 12 anos recebe um crachá com a imagem dos dois líderes. Torna-se peça obrigatória na indumentária. São objectos sagrados e não se encontram à venda, garantem os guias.
"Nós, norte-coreanos, usamos sempre o nosso crachá desta forma. A parte mais importante do corpo humano é o coração, certo?", afirma An Sol Yong, professor de música numa faculdade de Pyongyang, durante uma visita organizada pelo governo para os média internacionais. "Estarmos juntos com os nossos queridos líderes, no sítio mais perto do nosso coração, significa a nossa crença de que não estaríamos vivos se os nossos grandes líderes não tivessem existido."
A Coreia do Norte é uma das sociedades mais controladas do mundo e a maior parte do país é inacessível a turistas e jornalistas.