Tufão Jebi mata seis e deixa rasto de destruição no Japão

O Jebi (que significa "andorinha") é o primeiro tufão classificado de "muito forte" a atingir as principais ilhas do arquipélago desde 1993.

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A ondulação desta terça-feira foi a mais intensa na área desde um tufão, em 1961. Reuters/KYODO
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O tufão Jebi atingiu a costa oeste central do Japão, esta terça-feira. LUSA/JIJI PRESS
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Foram registadas rajadas de vento até 208km/h, em Shikoku. LUSA/BUDDHIKA WEERASINGHE
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Viagens de barco, de comboio e de avião foram interrompidas devido à tempestade. LUSA/BUDDHIKA WEERASINGHE
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Cerca de 3,000 turistas estão retidos no Aeroporto Internacional de Kansai. LUSA/BUDDHIKA WEERASINGHE
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Vários habitantes relataram no Twitter a queda de árvores, devido ao vento. Reuters/KYODO
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A tempestade atingiu a mais pequena das principais ilhas do Japão, Shikoku, por volta do meio-dia. LUSA/JIJI PRESS
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Colisão do petroleiro com a ponte que liga o Aeroporto Internacional de Kansai com o país. LUSA/JIJI PRESS
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Ainda que não existam feridos, nove dos 11 elementos da tripulação ainda se encontram no petroleiro. LUSA/JIJI PRESS

O tufão Jebi, que atingiu o Japão nesta terça-feira, matou seis pessoas e feriu 160, após deixar um rasto de destruição. O Aeroporto Internacional de Kansai foi inundado e a ponte que o liga ao país foi danificada numa colisão com um petroleiro.

Foram lançados alertas para que mais de um milhão de pessoas abandonasse as áreas onde vivem devido ao vento e à chuva forte.

O Jebi é o primeiro tufão classificado de "muito forte" a atingir as principais ilhas do arquipélago desde 1993, quando outro fez 48 mortos e desaparecidos, segundo a agência Kyodo. Jebi significa “andorinha” em japonês.

Um homem de 71 anos foi encontrado morto debaixo de um armazém desabado, e outro com cerca de 70 anos caiu de o telhado de uma casa e morreu, de acordo com a estação de televisão NHK. Foram contabilizados 160 feridos.

O tufão deixou um rasto de destruição que obrigou ao cancelamento de viagens de barco, de comboio, e de avião. O Aeroporto Internacional de Kansai, perto de Osaka, foi inundado, retendo três mil turistas.

“Esta tempestade é muito forte. Espero poder ir para casa,” disse uma mulher de Hong Kong à NHK. Contudo, ainda não há previsões para a sua reabertura.

As operações de resgate dos membros da tribulação do petroleiro que colidiu com a ponte que liga o aeroporto ao continente foram interrompidas devido a uma fuga de gás

O vento forte fez com que o petroleiro de 2,591 toneladas fosse contra a ponte que liga o aeroporto, construído numa ilha artificial. Segundo a guarda costeira, a ponte foi danificada, mas nenhum dos 11 elementos da tripulação sofreu ferimentos. 

Imagens televisivas mostram o rasto de destruição de Jebi, como o rebentamento de ondas no litoral, chapas metálicas soltas em parques de estacionamento, carrinhas viradas ao contrário, carros em chamas, e uma roda gigante em movimento, impulsionada pelo vento.

Houve quem recorresse ao Twitter para relatar que o vento estava a abanar o seu complexo de apartamentos e a arrancar ramos de árvores, ou para publicar vídeos onde se vê parte do telhado da estação de comboios de Kyoto caído no chão, e telhados a serem arrancados das casas. Em Osaka e nas regiões circundantes, 1,6 milhões de casas não tinham electricidade.

A tempestade atingiu a mais pequena das principais ilhas do Japão, Shikoku, por volta do meio-dia, hora local. Horas depois, passou pelo oeste da maior ilha principal, Honshu, perto da cidade de Kobe, rumo ao Mar do Japão.

Estavam previstas rajadas de vento de 216 quilómetros por hora para Shikoku, sendo que em parte da ilha foram registadas medições até 208 Km por hora. Segundo a NHK, a ondulação em algumas áreas foi a mais intensa desde um tufão em 1961.

A capital do país, Tokyo, esteve longe do centro da tempestade, mas os comboios de alta velocidade entre Tokyo e Okayama ficaram parados.

Cerca de 100 milímetros de chuva caíram sobre Kyoto numa hora, havendo previsões para que pelo menos 500 milímetros de chuva caiam nas 24 horas até ao meio dia de quarta-feira.

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