LGBT
Activismo arco-íris através do desporto: são assim os Jogos Gay
Apesar do nome, este é um evento aberto a todas as pessoas associadas ao mundo LGBTQ, independentemente da orientação sexual ou da identidade de género.
Desporto, cultura e inclusão: é este o mote dos Jogos Gay (Gay Games, no original). Trata-se de um evento desportivo e cultural que, na 10.ª edição, rumou até Paris, França, e irá durar até este domingo. Todos são convidados a disputar as medalhas das várias modalidades e os participantes podem ser atletas profissionais ou amadores — não há mínimos de participação, nem limites de idade.
Em 1982, arrancava em São Francisco, a primeira edição dos Jogos Gay. Assumiram, desde a origem, uma dimensão activista, nomeadamente na consciencialização sobre o vírus da sida. “O fundador morreu em 1987 por questões relacionadas com a sida. Sempre demos importância à doença, com o desejo de fazer participar pessoas seropositivas e dar-lhes visibilidade, mas também em memória das vítimas”, contou ao Le Monde Manuel Picaud, vice-presidente do evento.
Apesar do nome, este é um evento aberto a todas as pessoas associadas ao mundo LGBTQ, independentemente da orientação sexual ou da identidade de género. A ideia é promover o espírito de inclusão e o activismo LGBTQ — até porque muitos participantes chegam de países onde a homossexualidade ainda é crime.
Portugal participa com uma comitiva com mais de 40 atletas e já arrecadou seis medalhas na natação. O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, acompanha a equipa portuguesa. “É evidente que as medalhas são importantes quando estamos a falar de competições desportivas", disse João Paulo Rebelo, aos microfones da TSF. Mas, para lá das medalhas, o secretário de Estado opta também por realçar "a abertura que o país hoje tem e que todos devemos ter ao desporto inclusivo".