Arquitectura
O Centro Hípico de Pedras Salgadas foi abraçado pela paisagem
Em "profundo declínio". É assim que o Centro Hípico de Pedras Salgadas, em Vila Pouca de Aguiar, se encontrava antes das obras de recuperação, iniciadas em 2013. E isto apesar da história ligada a Trás-os-Montes e às tradições dos cavalos e desportos hípicos da região. Ao longo do processo de recuperação, muitas foram as mudanças implementadas no complexo. O projecto, assinado pelo atelier de arquitectura RA — Rebelo de Andrade, é um dos finalistas seleccionados pelo júri dos Architizer A + Awards, na categoria Architecture+Wood.
No Centro Hípico — aqui retratado pela lente de Fernando Guerra —, "os volumes novos dialogam agora com os existentes e a natureza em redor". As boxes que acolhem os animais foram "revestidas com painéis de cortiça que, ao envelhecer, vão adquirir texturas e tons semelhantes às do arvoredo circundante". O destaque, no entanto, lê-se na descrição no site do concurso, vai para o “edifício mais emblemático deste conjunto”: o do picadeiro. “Todo revestido com troncos, parece ter sido adoptado e abraçado pela vegetação que o envolve. Os troncos e o tempo farão com que a flora acabe por tomá-lo por completo.”
A votação para os Architizer A + Awards está aberta ao público até 20 de Julho e os vencedores são anunciados a 30 de Julho. Na lista de finalistas da edição 2018 do prémio estão outros projectos portugueses: uma capela em forma de tenda, do atelier Plano Humano Arquitectos, inaugurada durante o Acampamento Nacional do Corpo Nacional de Escutas, em Idanha-a-Nova, no Verão de 2017; o Espigueiro-Pombal do Cruzeiro, em Ponte de Lima, assinado pelo arquitecto Tiago do Vale; e a Casa Carrara, projectada por Mário Martins, na Praia da Luz.