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O que acontece quando passas demasiado tempo isolado?
“As pessoas não percebem isso, mas a solidão é subvalorizada”, disse Tom Hansen em (500) Days of Summer (Marc Webb, 2009). É normal que, como acontece com Tom, alguns acontecimentos da vida nos façam querer fugir da azáfama do dia-a-dia e isolarmo-nos para processar os nossos pensamentos. Mas isolamento a mais pode ser prejudicial para a saúde. "Life Noggin", um canal de YouTube que faz vídeos animados que tratam de assuntos sérios, mostra-nos exemplos dos efeitos negativos de um isolamento prolongado.
Para compreendermos os graves danos causados pelo isolamento, basta olharmos para as celas solitárias das prisões. Provavelmente já as viste num filme norte-americano e consideraste exagerados os comportamentos que alguns reclusos tinham quando estavam presos numa cela branca com pouco mais do que uma cama e uma retrete. Mas nem tudo “é filme”, como se costuma dizer. Segundo um estudo de 2014 da American Civil Liberties Union, 73% dos suicídios que tiveram lugar nas prisões da Califórnia em 2004 ocorreram nas celas de solitária. "É um conceito psiquiátrico comum. Se colocares pessoas em isolamento, elas vão ficar loucas... A maioria das pessoas em isolamento vai quebrar", disse um psiquiatra de uma prisão da Califórnia, citado no estudo.
O mesmo estudo afirma que, ao nos isolarmos demasiado do mundo — como é o caso dos presos em solitária —, é interrompido o normal funcionamento do cérebro e podemos começar a ouvir e ver coisas que não existem. Isto acontece porque não exercitamos a habilidade de ver as coisas como elas são. Além dos efeitos psicológicos, os danos também se podem fazer sentir a nível físico, com problemas de coração, perda de apetite ou de peso.
Da próxima vez que te quiseres isolar completamente do mundo, pensa nos danos, mas também nos benefícios de estar acompanhado, enaltecidos pelo narrador do "Life Noggin". Ao estarmos perto de outras pessoas, como família e amigos, aumentamos os índices de felicidade e esperança média de vida — além de diminuir a probabilidade de passearmos na rua com um restinho de espinafres preso nos dentes.