Governo lança campanha contra abandono de animais

Os centros de recolha oficiais (CRO) recebem, por ano, cerca de 30 mil animais. Em Portugal, todas estas 69 estruturas municipais que sucedem aos antigos canis e gatis estão sobrelotadas. Dos animais que recebem, menos de 35 por cento são adoptados, diz a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária. Façamos as contas: nos CRO ficam cerca de 19.500 animais por ano. Muitos vivem lá a vida toda.

A nova campanha de sensibilização da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) para o não abandono de animais de companhia mostra algum deles. O Leão, o Zorro, a Frozen, o Bobi. O Dominó, o Farrusco, a Luna, a Pandora. E a Falina. Estes são só alguns dos animais de companhia que foram abandonados e depois recolhidos, no CRO da Amadora, em Lisboa. A DGAV chama-lhe “um problema de todos”. “Não se pretende culpabilizar ou apontar o dedo a quem quer que seja pois nesta questão todos somos responsáveis e todos podemos ter um papel activo”, dizem, no vídeo de divulgação para a campanha televisiva – e num mais curto, para ser partilhado nas redes sociais. O sucesso da campanha, que "visa a  detenção responsável e a redução do número de animais abandonados", está dependente da "participação activa dos municípios e de cada cidadão", dizem, em comunicado.

Um exemplo: ao ver um animal errante, caso não se consiga identificar o tutor, deve-se “alertar as entidades policiais ou a autarquia local, a fim de que seja efectuada a sua recolha”. Caso nos 15 dias seguintes o cuidador não apareça para ir buscar o seu animal de companhia, o animal é esterilizado e posto para adopção. Mas o mais importante continua a ser a mensagem final: o abandono de animais de companhia é crime. “Nunca, mas nunca o faça.”

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