Não está no ADN de Oprah Winfrey concorrer à presidência dos EUA. Aliás, não está nos seus genes, nem Deus ainda lhe disse algo sobre o assunto, contou ao programa da CBS 60 Minutes Overtime. “Se Deus realmente quisesse que eu o fizesse, não deveria dizer-me? Eu não ouvi nada", argumenta.
A ideia de Oprah concorrer à Casa Branca em 2020 surgiu depois do seu discurso durante a cerimónia dos Globos Ouro, em Janeiro, em que defendeu a igualdade de género e o fim da opressão, sobretudo das mulheres negras. A apresentadora, produtora e actriz pôs a plateia de pé duas vezes com o seu discurso de aceitação do prémio de carreira Cecil B. DeMille, considerado por muitos um momento que ficará para a história.
“Sinto-me humilde pelo facto de as pessoas pensarem que eu poderia ser uma líder do mundo livre”, confessou nesta entrevista, acrescentando: “Mas não está no meu ADN.” O discurso teve mais de 150 mil visualizações no YouTube e, nas redes sociais, muitos internautas levantaram a hipótese de a apresentadora ser opositora de Trump nas próximas presidenciais.
“Tentei apenas fazer um bom discurso", justifica. "Procurei uma maneira de expressar o que está a acontecer neste momento em termos de género, classe e raça”, enumera. No entanto, os internautas não foram os únicos a levantar a hipótese de a apresentadora ter uma carreira política. Também houve financiadores que a contactaram, conta na mesma entrevista. “Tantos homens ricos que me ligaram para me dizer que me apoiariam e angariariam mil milhões de dólares para a minha campanha”, revela. Mas, para já, a resposta é 'não'.