Cinema
Na passadeira vermelha, a cor que dominou foi o preto
Dezenas de actrizes escolheram o preto para desfilarem na passadeira vermelha dos Globos de Ouro. O objectivo é chamar a atenção para o assédio sexual de que as mulheres são alvo nesta e noutras indústrias.
Dezenas de actrizes escolheram o preto para desfilarem na passadeira vermelha dos Globos de Ouro. O objectivo é chamar a atenção para o assédio sexual de que as mulheres são alvo nesta e noutras indústrias.
Em solidariedade com a iniciativa Times Up, que quer chamar a atenção para o assédio sexual de que as mulheres são alvo nesta e noutras indústrias, dezenas de actrizes (e alguns actores), chegaram vestidos de preto à passadeira vermelha dos Globos de Ouro, que são entregues nesta madrugada de domingo para segunda-feira.
É o início da temporada de prémios da maior indústria de Hollywood e também a primeira cerimónia do género depois do afastamento do produtor Harvey Weinstein, um dos mais poderosos produtores do cinema mundial, afastado compulsivamente depois de ter sido denunciado por anos de abusos contra mulheres.
Depois de Weinstein, viu-se uma espécie de "efeito dominó": dezenas de outros nomes, do cinema à política, das startups à Cultura, foram denunciados por comportamentos idênticos, uns mais graves do que outros, uns de forma reiterada há anos, outros em acontecimentos mais recentes.
Daí que a expectativa em torno desta cerimónia de entrega dos Globos de Ouro 2018 seja elevada. Como sempre, o arranque é dado pela entrada de estrelas e convidados pela passadeira vermelha. E se o preto já era tradição no masculino, graças aos smokings dos homens, desta vez, por razões diferentes, mais éticas do que estéticas, a mesma cor pautou as escolhas de vestuário no feminino. Rita Marques Costa e Victor Ferreira