Amazon novamente sob escrutínio a poucas semanas do Natal
Gigante das vendas online volta a ser alvo de críticas devido ao excesso de carga laboral nos seus armazéns.
Não é a primeira vez que a Amazon fica debaixo de fogo. Mais uma vez, numa altura em que se aproxima a época natalícia, a empresa é criticada pelas condições em que os seus funcionários trabalham, depois de terem surgido imagens de trabalhadores a dormir em pé num armazém no Reino Unido. Já tinham sido noticiados outros casos deste género, mas numa altura em que se avizinha mais uma quadra festiva, um repórter do Sunday Mirror infiltrado na empresa expôs as condições em que os funcionários enfrentam o habitual acréscimo de encomendas.
Após cinco semanas a trabalhar no armazém da empresa em Essex, na Inglaterra, o repórter registou que os trabalhadores eram submetidos a cargas horárias excessivas. Muitos chegaram a trabalhar 55 horas por semana e foram levados à exaustão, adormecendo no local de trabalho e levando mesmo a que alguns funcionários tivessem de receber assistência médica.
Este tipo de incidentes é recorrente com o gigante das vendas online. No ano passado, o jornal escocês The Courier noticiou que alguns funcionários da Amazon viram-se forçados a "acampar" junto das instalações de um armazém da Amazon na Escócia para evitar custos nas deslocações para o trabalho. Na semana passada, trabalhadores da empresa na Itália e na Alemanha fizeram greve durante a Black Friday, reivindicando melhores salários e condições de trabalho.
A Amazon, empresa fundada por Jeff Bezos, e em reacção à reportagem do jornal britânico, argumenta que oferece aos seus trabalhadores “um local de trabalho seguro e positivo” e “excelentes empregos”, “com oportunidades de crescimento”. A empresa acrescentou ainda que “tal como muitas outras empresas" espera "um determinado nível de desempenho” da parte dos seus funcionários, lê-se no jornal britânico The Mirror.