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Estará o mar Morto a morrer?
A resposta à pergunta feita no título é desoladora: sim, o mar Morto está a morrer. A costa do mar Morto não é a única zona do planeta onde se abrem crateras no solo, mas é aquela onde estas se espalham com maior velocidade. O geólogo e biólogo Eli Raz chegou a Ein Gedi, em Israel, em 1973. O convite foi-lhe feito para um trabalho de poucos meses; hoje, 44 anos depois, continua a estudar este mar único e a forma como a irresponsabilidade do ser humano se reflecte na morte progressiva de um ecossistema. A paisagem da costa do mar Morto, diz no vídeo do projecto Great Big Story, “mudou drasticamente”. A primeira cratera foi registada no final dos anos 80 do século XX. Em 1980, imagens aéreas mostravam uma costa livre de crateras. Hoje, são mais de 6000. “Como pode a superfície da Terra colapsar?”, questionou-se Eli Raz. “O Homem não pensa a longo prazo, precisa de água, quer água agora, por isso é que o consumo de água aumenta e aumenta, mas as fontes não são renovadas.” As imagens aéreas impressionam: as crateras vão aumentando, engolem terra, estradas, casas, carros — e houve uma que chegou a “engolir” Eli Raz, que permaneceu num buraco durante 12 horas. “Se o nível da água do mar continuar a diminuir ao ritmo actual, o mar Morto vai secar até 2050”, acredita o especialista.