Santo Tirso triplica área do parque do Ribeiro do Matadouro

O projecto que irá triplicar a área actual do parque do Ribeiro do Matadouro e introduzir novas infra-estruturas terá início em 2018.

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Joaquim couto apresentou plano para alargar áreas verdes de Santo Tirso PP PAULO PIMENTA / PUBLICO

A câmara de Santo Tirso vai triplicar a área do actual parque do Ribeiro do Matadouro, um espaço verde central da cidade, num investimento de 1,5 milhões de euros a iniciar em 2018, indicou nesta quarta-feira o presidente da autarquia.

Em causa está um parque com cerca de 20 mil metros quadrados que foi destaque em 2014 na World Landscape Architecture, publicação de referência da arquitectura paisagista mundial, tendo sido construído em articulação com o Museu Internacional de Escultura Contemporânea localizado em Santo Tirso. Nesta quarta-feira, em declarações aos jornalistas à margem da apresentação do Plano Municipal de Ambiente, o presidente da câmara, Joaquim Couto, avançou que a área do parque vai ser triplicada, num projecto a iniciar em 2018.

No local existe um antigo matadouro, edifício que não está a ser utilizado e que necessita de adaptações para acolher uma casa da juventude "caso a vontade dos jovens do concelho continue a ser essa". "O uso para o matadouro foi decidido há algum tempo, mas entretanto não se concretizou. Agora, o processo será dialogado com os jovens e com a comunidade. Mas o espaço será reabilitado para esse ou outro fim", garantiu Joaquim Couto, prevendo um investimento de 1,5 milhões de euros.

O projecto inclui a continuação do parque para nascente, até ao rio Ave. Inclui também a construção de passagens inferiores e superiores em locais estratégicos, como uma saída para a Escola Agrícola, garantindo acesso de pessoas e bicicletas, percursos pedonais junto às margens e a preservação da biodiversidade existente.

Nesta apresentação do Plano Municipal do Ambiente, o autarca anunciou que de Santo Tirso vai criar a figura do provedor do ambiente, bem como "brigadas verdes" nas freguesias, e tentar recuperar a figura de "guarda-rios". "Temos o sonho de dotar o município de infraestruturas verdes, recuperar os recursos de água e melhorar os espaços públicos, dando-lhes qualidade. Alguns dos planos foram executados no passado mas vamos melhorá-los e acrescentar-lhes valor. Outros projectos estão em curso e outros planeados", descreveu.

Em causa está um dossier com medidas que correspondem a três eixos de intervenção: mobilidade, sustentabilidade do território e energias renováveis. No campo da mobilidade destaca-se o projeto de construir 20 quilómetros de ciclovias ou a criação de uma rede de transportes intermunicipal unindo Santo Tirso, à Trofa, Vila Nova de Famalicão, Guimarães e Vizela. Soma-se a aquisição de dez viaturas elétricas até 2020 e a instalação de cinco postos de abastecimento elétrico no concelho.

Já o segundo eixo inclui medidas para parques verdes e sobre a despoluição dos rios, tendo Couto adiantado que "se a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) quiser avançar, existem condições para dragar o rio Ave com o objectivo de o despoluir", sendo que a despoluição é algo que também quer ver em prática em outros caudais como o de Vizela, Sanguinhedo e Leça. "A dragagem do rio pelo menos desde a ponte até ao parque da Rabada é possível, queira-o a APA. Já o queríamos ter feito e 2017 e esperamos fazê-lo em 2018. É possível e indispensável. Trata-se de limpar o fundo porque as águas até estão limpas, mas o fundo tem lixo", disse o autarca.

Em matéria de energias renováveis, Santo Tirso propõe-se substituir 14 mil luminárias por tecnologia led, poupando cerca de 190 mil euros/ano. Os ecopontos e oleões serão modernizados e a aumentados e serão dinamizadas ações de promoção da educação ambiental.