Arquitectura

Uma casa em Alfama invulgarmente aberta

Fotografia de Daniel Malhão
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Fotografia de Daniel Malhão

Imaculadas paredes brancas, águas claras e espaços estreitos – é a Casa de Alfama. Localiza-se abaixo do Mosteiro de São Vicente de Fora e junto ao Panteão Nacional. A obra é a recuperação de um dos edifícios limítrofes de Alfama com inspiração medieval, caso raro numa área e que os edifícios são maioritariamente posteriores ao terramoto de 1755. A casa é invulgarmente aberta ao exterior e situa-se ao lado de uma escola com que antigamente formava um conjunto palaciano. As renovações do edifício, ao longos dos tempos, trouxeram-lhe novas paredes e hoje o traçado interno das subdivisões, fruto de uma intervenção reorganizadora, forma quatro pátios. Um dos pátios está inundado de água, através de uma fonte e pode ser usado como uma piscina. O conjunto remete para o imaginário da ruína, intercalando espaços abertos com pequenos abrigos, mas a remodelação foi feita a pensar no cenário de arrendamento local. Actualmente, a casa funciona como alojamento para quem quer visitar Alfama, sendo por isso particularmente interessante a vista, em várias direcções, de que se pode usufruir. Pedro Matos Gameiro explica, no vídeo de apresentação da obra, que a casa facilita a quem a visita perceber em que ponto de Alfama se encontra e perceber melhor a organização do bairro. O arquitecto sublinha ainda que o projecto tenciona permitir aos “visitantes ter experiências”. A Casa de Alfama foi reestruturada, em 2016, pelo arquitecto atelier Matos Gameiro arquitectos.

Fotografia de Daniel Malhão
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